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Política Trepidação, fumaça, palavrões, telefone sem funcionar: os momentos de tensão no voo de Lula

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Comitiva do presidente precisou sobrevoar Cidade do México em círculos por cinco horas. (Foto: Reprodução/FlightAware)

Já nos primeiros minutos em que levantou voo, no aeroporto da Cidade do México, o avião presidencial que transportava Lula, a primeira-dama Janja, ministros e senadores apresentou os primeiros sinais de que algo não estava bem. Era possível sentir pelo piso da aeronave as trepidações ao subir, e os passageiros que estavam na parte de trás perceberam uma fumaça saindo de uma das turbinas.

Antes mesmo que pudesse desatar os cintos de segurança, Lula saltou da poltrona. Correu para a frente da aeronave para checar o que estava ocorrendo. Ao saber do problema, mandou voltar ao aeroporto. Mas os pilotos diziam que a aeronave “estava lotada de combustível” e que teria de gastá-lo porque não poderia pousar com todo aquele peso.

Em meio aos primeiros momentos de tensão, veio a sugestão de voar até o Panamá para “gastar” o combustível. Isso porque esse avião não permitia alijar o combustível, que é quando se desfaz de parte dele no ar. Mas o conselho de Janja era que ficassem por ali, em área segura, próximos à pista do Aeroporto Internacional Felipe Ángeles. E assim foi feito. E deram 50 voltas.

Os repórteres que estavam acompanhando o avião perceberam que a aeronave girava em círculos. Lula pediu que que ninguém falasse com a imprensa naquele momento. As informações lá em cima ainda eram imprecisas. Os pilotos batiam cabeça, sugeriam coisas diferentes. Aquela situação foi deixando Lula irritado. Ao pegar o telefone presidencial, Lula explodiu. O aparelho não funcionava:

“Até o telefone do Sucatinha [avião presidencial antigo de Lula] funcionava.”

Um Lula indignado xingou várias vezes os palavrões de costume. Ele afirmava que aquela era a quarta vez que aquele mesmo avião apresentava algum problema. Estava incrédulo porque aquela mesma aeronave havia acabado de voltar da manutenção, onde teria ficado por 90 dias. A mesma aeronave que o “prendeu no ar”, nas palavras dele, o deixou “ilhado” por cinco horas na Cidade do México.

Mesmo em meio ao clima tenso, a fome apertou, e o almoço foi servido. Surgiram brincadeiras para tentar distensionar. Lula perguntou sobre os suplentes das senadoras presentes. Estavam no avião: Teresa Leitão e Soraya Thronicke. Também estavam os ministros Mauro Vieira (Relações Exteriores) e Cida Gonçalves (Mulheres), o diretor da PF, Andrei Passos, e Gabriel Galípolo, indicado ao BC.

Mas logo os pilotos voltaram a deixar a tensão no ar ao informarem que, mesmo tendo voado duas horas, precisariam de outras duas para gastar mais 7 mil litros de combustível. Ali, diante daquela situação, Lula tomou uma decisão em que precisará do Congresso: quer comprar novos aviões. Ele demonstrou indignação ao ficar “ilhado” no ar, pela internet intermitente e pela falta de telefone.

Um Lula irritado questionou a ausência “de um checklist” antes do voo para ver o que funcionava no avião. A TV não ligava para que pudessem assistir a um filme no momento e aliviar o estresse. A internet oscilava. O telefone, estragado. Mas o ápice da irritação ocorreu logo ao trocar de avião.

No segundo voo, Lula descobriu que, sim, aquele voo nem sequer teria internet pelas próximas horas. E que ficaria sem comunicação com o Palácio do Planalto. Janja questionou o motivo da falta de internet. E logo veio o veredito: corte de custos. Lula, então, reclamou novamente: — Qualquer avião mequetrefe fala [ao telefone], não tenho um satélite nessa po**a. A gente não pode passar por isso.

O segundo avião então deixou a Cidade do México e pousou em Brasília às 10h12 desta quarta-feira muito depois das dez horas previstas em um voo executivo como esse. A FAB só informou que a aeronave enfrentou “um problema técnico”, sem detalhar.

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