Quarta-feira, 30 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 24 de agosto de 2015
O Addyi, cuja venda foi aprovada nos Estados Unidos, é a primeira droga a tratar a falta de desejo sexual das mulheres. A omissão de libido é diagnosticada como “distúrbio de desejo sexual hipoativo generalizado adquirido” (HSDD, na sigla em inglês). Conheça três informações importantes sobre o “Viagra feminino”.
Não funciona como o Viagra.
O Addyi, conhecido genericamente como flibanserin, age na química cerebral relacionada ao humor e ao apetite, de forma similar aos antidepressivos. Não se sabe bem por que a droga aumenta a libido, mas os pesquisadores apostam na sua capacidade de aumentar a dopamina (associada ao apetite) enquanto diminui a serotonina (relacionada à saciedade).
É indicado na pré-menopausa.
Mulheres na pré-menopausa com diagnóstico de desejo sexual hipoativo são o alvo do medicamento. Como há muitos fatores que afetam o apetite sexual, há uma série de causas alternativas que os médicos devem excluir antes do diagnóstico, tais como problemas no relacionamento, doenças e distúrbios causados por medicamentos para dormir e analgésicos.
É polêmico.
O medicamento foi rejeitado duas vezes antes de ser aprovado. De um lado, farmacêuticos e grupos de mulheres argumentavam que era necessário ter um medicamento para tratar distúrbios sexuais femininos.
Do outro, serviços de defesa do consumidor diziam que havia muitos efeitos colaterais (tontura, náusea, desmaios) para um efeito modesto da droga. (AG)