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Política Três investigações criminais que envolvem Bolsonaro já levaram ao indiciamento de 35 militares

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O criminalista Paulo Amador da Cunha Bueno, que representa Bolsonaro, disse que só irá se posicionar quando tiver acesso ao relatório final da PF. (Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil)

Três investigações criminais que envolvem o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e integrantes de seu governo – a venda de joias sauditas nos Estados Unidos, a suspeita de fraude no cartão de vacinação e a suspeita de tentativa de golpe de Estado – já levaram ao indiciamento de 35 militares.

A defesa do ex-presidente afirmou que vai aguardar o acesso aos autos para se manifestar. Militares citados nos três inquéritos negam os ilícitos atribuídos ou dizem que também aguardam para manifestação a íntegra do relatório final da Polícia Federal sobre a trama para uma ruptura institucional no País após o resultado da eleição presidencial de 2022.

Nas investigações que culminaram no tríplice enquadramento do ex-chefe do Executivo, a PF imputa delitos também a generais e almirantes que integraram a cúpula do governo anterior, a militares que o assessoravam diretamente e a oficiais recrutados para a operacionalização dos ilícitos que lhe são atribuídos.

No inquérito da Operação Contragolpe, que investiga o plano “Punhal Verde e Amarelo” – conforme investigadores, uma estratégia que previa o assassinato do então presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, de seu vice Geraldo Alckmin e do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) –, a PF indiciou um núcleo de 24 militares. Neste episódio, os delegados que investigam Bolsonaro indiciaram ele e a seus aliados de caserna pelos crimes de golpe de Estado, abolição violenta do estado democrático de direito e organização criminosa. As penas somadas podem chegar a 28 anos de prisão.

No grupo dos 25 há dois ex-assessores diretos de Bolsonaro que também chegaram ao terceiro indiciamento: o coronel Marcelo Câmara e o tenente-coronel Mauro Cid, que fechou um acordo de delação premiada. Câmara e Cid se juntaram a outros dez oficiais que já haviam sido indiciados pela PF em casos em que o beneficiário principal seria o ex-presidente: o esquema de fraudes em carteiras de vacinação, com a produção de documentos com base em informações falsas; e o capítulo das joias sauditas – revelado pelo Estadão – que envolvia a venda de bens de alto valor entregues a autoridades brasileiras em missões oficiais.

Sem contar o próprio Bolsonaro, capitão da reserva do Exército, a PF já indiciou oito generais, três almirantes, sete coronéis, dois majores, seis tenentes-coronéis, um subtenente, um tenente e três sargentos, um deles da Polícia Militar.

O número de enquadramentos ainda pode, eventualmente, ficar mais robusto. Como mostrou o Estadão, a PF investigou 35 militares somente na Operação Contragolpe. Dos 35, 11 constam da relação de indiciados entregue pela PF ao Supremo na quinta-feira passada.

Na lista de 68 indiciados nos inquéritos com Bolsonaro, há ainda outro ex-ministro do governo Bolsonaro – Anderson Torres (Justiça) –, dois deputados federais – Alexandre Ramagem e Gutemberg Reis de Oliveira –, dois policiais federais, o advogado de Bolsonaro Frederick Wassef, o ex-chefe da Receita Julio Cesar Vieira Gomes, dois outros ex-assessores do ex-presidente – Tércio Arnaud Tomaz e Filipe Garcia Martins – e ainda o presidente do PL, Valdemar da Costa Neto.

O criminalista Paulo Amador da Cunha Bueno, que representa Bolsonaro, disse que só irá se posicionar quando tiver acesso ao relatório final da PF, para “uma manifestação mais segura”. Quando intimado a depor no inquérito, em fevereiro, o ex-presidente ficou em silêncio. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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