Segunda-feira, 25 de novembro de 2024
Por Redação O Sul | 17 de novembro de 2022
Um tribunal da Holanda condenou à prisão perpétua dois ex-agentes de inteligência russos e um separatista ucraniano por terem derrubado um voo da Malaysia Airlines, oito anos atrás. A bordo daquele voo fatal viajavam 298 pessoas, entre passageiros e tripulantes. Todos morreram.
Tripulação e passageiros viajavam de Amsterdam, na Holanda, para Kuala Lumpur, na Malásia. O avião caiu no leste da Ucrânia, em meio a combates entre separatistas pró-Rússia e forças ucranianas, conflito que deu origem à guerra atual.
O juiz afirmou que não há dúvida de que o voo MH17 foi abatido por um sistema de foguetes BUK. Foram encontrados fragmentos dos mísseis nos corpos das vítimas. Escutas telefônicas sugerem que os acusados acreditavam que estavam mirando um caça ucraniano.
O governo russo definiu a sentença como política e escandalosa, e disse que não houve imparcialidade no tribunal. Os condenados continuam foragidos, e acredita-se que todos estejam na Rússia.
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, elogiou a decisão, e pediu punição para todas as atrocidades cometidas pela Rússia, no passado e agora.
Nesta quinta-feira (17), a primeira neve da temporada caiu sobre Kiev e novos bombardeios russos atingiram a periferia da capital e várias partes do país.
Também nesta quinta-feira, o secretário-geral da ONU anunciou a extensão do acordo que permite o transporte seguro de grãos da Ucrânia pelo Mar Negro. A medida é importante para aliviar a crise de insegurança alimentar que atinge principalmente os países mais pobres.