Quinta-feira, 26 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 22 de agosto de 2023
Em cerimônia marcada para as 14h desta quarta-feira (23), o Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do Sul (TRE-RS) fará um reprocessamento de votos para definir quem substituirá na Câmara Municipal de Porto Alegre o vereador cassado Alexandre Bobadra (PL). Ele perdeu o mandato no dia 15 de agosto, devido a irregularidades durante a campanha.
A condenação tornou nulo o resultado obtido nas urnas pelo então candidato no pleito de 2020. Com isso, tornou-se necessário recalcular quocientes eleitoral e partidário para saber a quem pertence a vaga. Ao menos dois nomes constam entre os mais prováveis para ocupar a poltrona atualmente vazia: Fran Rodrigues (Psol) ou Cláudio Conceição (União Brasil, antigo PSL).
Assim que o procedimento estiver concluído, o juiz eleitoral terá um prazo de 24 horas para comunicar o resultado ao presidente da Câmara de Vereadores. O passo seguinte será a formalização da posse do novo ocupante pela Mesa Diretora da Casa. Bobadra ainda pretende recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
O caso
A Ação de Investigação Judicial Eleitoral (Aije) que resultou na cassação foi proposta por três candidatos do PSL, partido ao qual Alexadre Bobadra era filiado em 2020, ao conquistar uma vaga de vereador na capital gaúcha. A Justiça Eleitoral considerou procedente a acusação de abuso de poder econômico.
Os autores argumentaram terem sido prejudicados no pleito de 2020, por causa da concentração de recursos provenientes do Fundo Especial de Financiamento de Campanha destinado à legenda, em prejuízo aos demais candidatos. Também apontavam uso indevido dos meios de comunicação, relativo a concentração do tempo de propaganda eleitoral na televisão.
Hoje com 44 anos, Bobadra é agente penitenciário e ex-presidente de sindicato da categoria. Conquistou seu primeiro mandato parlamentar ao receber 4.703 votos, desempenho que o deixou em 18º lugar na lista dos 36 parlamantares municipais escolhidos pelos porto-alegrenses em 2020.
Único eleito para vereador pelo PSL, em março do ano passado ele seguiu o movimento de migração partidária liderado pelo então presidente Jair Bolsonaro, que trocou a legenda pelo PL. O PSL (Partido Social Liberal) acabou extinto pouco tempo depois, ao se fundir com o DEM (Democratas) para formar o União Brasil.
(Marcello Campos)