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Por Redação O Sul | 25 de abril de 2016
Ainda que o afastamento temporário da presidenta Dilma Rousseff seja dado como certo até por senadores governistas, levantamento feito pelo jornal Folha de S.Paulo mostra que ainda não há votos suficientes no Senado para a saída definitiva da petista do cargo. Enquanto 50 senadores confirmam que votarão pela admissibilidade do processo de impeachment, apenas 39 dizem que apoiarão o impedimento definitivo de Dilma.
“Não podemos ignorar que a Câmara deu autorização ao Senado para abrir o processo com 367 assinaturas, mas temos que analisar a fundo o mérito da questão para decidir se ela cometeu ou não crime de responsabilidade”, afirmou o senador Cristovam Buarque (PPS-DF), que declarou voto a favor da admissibilidade, mas não decidiu sobre o julgamento final.
Com a aceitação do processo pelo Senado, em votação prevista para 12 de maio, Dilma será afastada do cargo por até 180 dias e o vice-presidente, Michel Temer (PMDB), assumirá o comando do País. Para tanto, seria preciso, com a presença de todos os 81 senadores, o voto de 41 deles – ou seja, já haveria pelo menos nove votos a mais hoje.
Nesse período, a comissão especial do impeachment fará a análise do processo da presidenta afastada e poderá, entre outros passos, realizar diligências, ouvir testemunhas, dar a possibilidade de a defesa se manifestar. No caso de a comissão não encerrar os trabalhos no período de afastamento (180 dias), Dilma poderá reassumir o cargo.
Já para Dilma perder de vez o mandato são necessários 54 votos – neste caso, segundo a enquete da Folha de S. Paulo, faltariam no momento ainda 15 para atingir esse patamar. Onze senadores não quiseram declarar seus votos sobre essa etapa e sete disseram que estão indecisos. Três não responderam. (Folhapress)