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Mundo Trump ameaça usar força caso Irã rejeite negociar programa nuclear. Líder supremo tem rejeitado negociações

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A Casa Branca confirmou que a carta de Trump aos líderes iranianos busca negociar um novo acordo nuclear. (Foto: Reprodução)

O presidente americano, Donald Trump, propôs negociações conter o programa nuclear iraniano e substituir o acordo que ele mesmo abandonou no primeiro governo. Caso contrário, advertiu em carta enviada ao líder supremo, o aiatolá Ali Khamenei, o Irã poderia ser alvo que uma ação militar dos Estados Unidos.

“Enviei a eles uma carta dizendo: ‘Espero que vocês negociem, porque se tivermos que agir militarmente, será algo terrível’”, disse Trump em trecho de entrevista à Fox Business divulgado nesta sexta-feira, 7. “Não se pode permitir que tenham uma arma nuclear”.

A Casa Branca confirmou que a carta de Trump aos líderes iranianos busca negociar um novo acordo nuclear. “Prefiro negociar um acordo. Não tenho certeza se todos concordam comigo, mas podemos fazer um acordo que seja tão bom quanto uma vitória militar”, disse Trump, sem detalhar o que ofereceu ao Irã.

A proposta também foi citada por Trump, de forma velada, em conversa com a imprensa no Salão Oval da Casa Branca. “Temos uma situação com o Irã e algo vai acontecer muito em breve. Muito, muito em breve”, disse. “Espero que possamos ter um acordo de paz”.

“Não estou falando de uma posição de força ou fraqueza. Só estou dizendo que prefiro ver um acordo de paz do que a alternativa. Mas a alternativa resolverá o problema”, seguiu, sugerindo que a alternativa seria uma intervenção militar.

O aiatolá Ali Khamenei, do outro lado, ainda não se manifestou sobre o recebimento da carta. Em discurso no ano passado, ele chegou a sugerir que estaria aberto às negociações ao dizer que “não há mal algum” em dialogar com o “inimigo”. Mais recentemente, contudo, endureceu a sua posição sobre os acordos com os Estados Unidos: “não são inteligentes, sábios, ou honrosos”.

A missão iraniana na ONU, por sua vez, disse não ter recebido nenhuma carta de Donald Trump.

Programa nuclear 

Teerã insiste que seu programa nuclear tem fins pacíficos, embora tenha enriquecido urânio em grau próximo ao militar. As agências de inteligência dos EUA avaliam que o Irã ainda não iniciou um programa de armas nucleares, mas “realizou atividades que o colocam em uma posição melhor para produzir um artefato nuclear, caso decida fazê-lo.”

Sob o acordo fechado por Barack Obama, em 2015, o Irã só podia enriquecer urânio até 3,67% de pureza e manter um estoque de 300 kg. Em troca, os Estados Unidos aliviaram as sanções. O chamado Plano de Ação Integral Conjunto foi abandonado por Donald Trump, em 2018. Desde então, Teerã tem avançado com o seu programa nuclear.

O último relatório da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) apontou que o Irã acumulou 8.294,4 kg de urânio e está enriquecendo parte dele a 60%, nível próximo dos 90% necessários para fabricar armas nucleares.

O aumento na produção iraniana coloca mais pressão sobre Donald Trump que se diz aberto às negociações ao mesmo tempo em que intensifica as sanções contra o petróleo iraniano com sua política de “pressão máxima”.

O ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Araghchi, disse nesta sexta, antes do anúncio de Trump, que Teerã não retomará as conversas com Washington nessas condições. “Não iniciaremos nenhuma negociação direta enquanto continuarem com sua política de pressão máxima e suas ameaças”, declarou.

Ainda não está claro se Khamenei aceitará receber a correspondência do presidente americano. Em 2019, quando o então primeiro-ministro japonês Shinzo Abe tentou entregar uma carta de Trump a Khamenei, o líder supremo recusou e disse: “Não considero Trump pessoalmente digno de trocar qualquer mensagem, nem tenho qualquer resposta para ele, e nunca terei.”

Durante o primeiro governo de Donald Trump, as relações entre Estados Unidos e Irã passavam por um momento particularmente conturbado. Além de retirar Washington do acordo nuclear, Trump ordenou o ataque em Bagdá que matou Qassem Soleimani, o principal general do Irã.

Agora, o cenário é de enfraquecimento do Irã com a crise econômica e o conflito no Oriente Médio. O regime teve o seu “Eixo da Resistência” abalado pelos assassinatos de líderes do Hamas e Hezbollah, além de ter sofrido uma derrota na Síria com a queda de Bashar Assad.

Em meio ao conflito no Oriente Médio, Irã e Israel chegaram a trocar ataques diretos. E autoridades israelenses sugeriram que poderiam atacar o programa nuclear iraniano. É algo que Trump ameaçou fazer, apesar de insistir que prefere um acordo. As informações são do portal Estadão.

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