Domingo, 27 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 26 de abril de 2025
Duas pesquisas sobre a popularidade do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, indicam uma queda constante em seu índice de aprovação motivada por um pessimismo com a economia. Trump caminha para ter a pior avaliação de um presidente em início de mandato desde 1953, quando levantamentos do tipo começaram, no governo de Dwight Eisenhower.
De um lado, o agregador de pesquisas do jornal The New York Times, atualizado na quinta-feira, indica que o índice de aprovação de Trump caiu de 52%, uma semana após sua posse, para cerca de 45%, a uma semana de ele completar 100 dias no cargo. Mais da metade dos americanos (52%) desaprova seu trabalho.
Outro levantamento, feito pelo Pew Research Center e publicado na quarta-feira, coloca Trump como bem avaliado apenas por 40% dos eleitores, e reprovado por 59%. Esses números confirmam a tendência de que a avaliação tem caído constantemente. Normalmente, os presidentes americanos chegam à Casa Branca com uma onda de apoio que diminui com o tempo.
De acordo com o American Presidency Project, da Universidade da Califórnia, que estuda a presidência, no topo da tabela estão presidentes como Eisenhower, aprovado por 73% dos eleitores no fim de abril de 1953, John F. Kennedy, que tinha o apoio de 83% da população nos seus primeiros 100 dias, em 1961, e Ronald Reagan, com 68% de respaldo no mesmo período, em 1981.
Na parte de baixo, além do próprio Trump, que tinha uma aprovação de 41% no começo do primeiro mandato, em 2017, estão Bill Clinton (55%), George Bush pai (com 56%) e Joe Biden (com 57%).
Economia
A aprovação de Trump, no entanto, está caindo um pouco mais rápido do que a de seus antecessores. Clinton perdeu 3 pontos porcentuais de aprovação. Biden manteve-se estável. Bush tinha um resultado melhor nos 100 dias do que na posse. Na conta do agregador do New York Times, Trump perdeu 7 pontos porcentuais desde que assumiu.
Segundo pesquisas, as razões para isso se encaixam no grande volume de medidas disruptivas tomadas por Trump, sobretudo na economia. O levantamento do Pew Research indica que 59% dos americanos rejeitam o aumento das tarifas.
Os otimistas também diminuíram. Há dois meses, 40% dos americanos acreditavam em uma melhora da economia. Hoje, esse porcentual é de 36%.
Trump, porém, vê seu segundo mandato como um sucesso retumbante. Ele se vangloriou da queda nas travessias ilegais, de bilhões de dólares em novos investimentos, da libertação de americanos presos no exterior e do fim das políticas de diversidade nos EUA. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.