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Trump cita Bolsonaro em fórum conservador nos Estados Unidos: “Família ótima”

Trump participou do encontro anual da Conferência de Ação Política Conservadora no sábado (22). (Foto: Reprodução)

Durante um evento que reuniu lideranças e personalidades de movimentos conservadores de todo o mundo, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, saudou o ex-presidente Jair Bolsonaro no sábado (22), em Washington. Trump participou do encontro anual do Conservative Political Action Conference (Conferência de Ação Política Conservadora, em português).

Durante seu discurso, Trump mencionou a presença do deputado federal brasileiro Eduardo Bolsonaro (PL), que se levantou da plateia e foi aplaudido pelos presentes.

“E um amigo meu, Eduardo Bolsonaro, do Brasil, da Câmara de Deputados. Mande ‘ólá’ para o seu pai. Grande família. Grande homem e grande família”, disse o presidente americano.

Bolsonaro não participou do evento porque seu passaporte está retido. Por conta disso, ele está proibido de viajar ao exterior.

A medida está em vigor desde fevereiro de 2023 e faz parte da investigação sobre a tentativa de golpe de Estado depois das eleições de 2022. O ex-presidente foi denunciado na última semana pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por tentativa de golpe de Estado após a eleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Em nota, a defesa de Bolsonaro afirmou que o ex-presidente “jamais compactuou com qualquer movimento que visasse a desconstrução do Estado Democrático de Direito ou as instituições que o pavimentam”. Também alegou ter recebido com “estarrecimento e indignação a denúncia da Procuradoria-Geral da República”

Ao todo, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, ofereceu denúncia contra 34 pessoas acusadas de “estimular e realizar atos contra os Três Poderes e contra o Estado Democrático de Direito”.

Os denunciados são acusados dos seguintes crimes: organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça, contra o patrimônio da União, e com considerável prejuízo para a vítima, e deterioração de patrimônio tombado.

“As peças acusatórias baseiam-se em manuscritos, arquivos digitais, planilhas e trocas de mensagens que revelam o esquema de ruptura da ordem democrática. E descrevem, de forma pormenorizada, a trama conspiratória armada e executada contra as instituições democráticas”, informou a PGR.

Ainda segundo a Procuradoria-Geral da República, a organização tinha como líderes o então presidente da República e o seu candidato a vice-presidente. “Aliados a outras pessoas, dentre civis e militares, eles tentaram impedir, de forma coordenada, que o resultado das eleições presidenciais de 2022 fosse cumprido”.

A denúncia foi enviada ao Supremo Tribunal Federal (STF) a partir de uma investigação da Polícia Federal (PF) que apontou Bolsonaro como líder de uma organização criminosa que atuou para abolir o Estado Democrático de Direito.

O objetivo, segundo o relatório, era estabelecer uma “falsa realidade de fraude eleitoral” para que sua derrota não fosse interpretada como um acaso e servir de “fundamento para os atos que se sucederam após a derrota do então candidato Jair Bolsonaro no pleito de 2022”.

A investigação aponta ainda que a o ex-presidente tinha conhecimento de um plano para matar o presidente Lula, o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro do STF Alexandre de Moraes. As informações são do portal de notícias Terra.

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