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Mundo Trump derrubou o sigilo: assassinato de John Kennedy é alvo de teorias da conspiração há seis décadas; conheça a versão oficial e as especulações

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Imagem mostra Kennedy momentos antes de ser baleado. (Foto: Reprodução)

Mais de 60 anos depois, a cena do assassinato do então presidente dos EUA, John F. Kennedy, em Dallas, ainda repercute na memória coletiva dos EUA — e alimenta diversas teorias da conspiração. Os adeptos de tais suposições ganharam um novo impulso nessa quinta-feira (23), quando o presidente Donald Trump assinou uma ordem executiva para retirar o sigilo de todos os documentos sobre o assassinato: “Tudo será revelado”, disse o republicano.

Versão oficial

Seis dias após a morte de Kennedy, o presidente Lyndon B. Johnson, que assumiu em seu lugar, criou a Comissão Warren, para dar a palavra final sobre o assassinato. Johnson estava sendo pressionado pela opinião pública após a morte do principal suspeito, Lee Harvey Oswald, dois dias após a morte de Kennedy, em frente às câmeras de TV que transmitiam imagens ao vivo.

A comissão concluiu que o presidente havia sido morto por Oswald e que ele agiu sozinho. Os investigadores concluíram também que Oswald foi morto por Jack Ruby, dono de uma boate com ligações com a máfia — e que este também agiu sozinho.

Um dos principais pontos da investigação da comissão é a “teoria da bala única”. Ela aponta que o primeiro tiro, que atingiu a nuca de Kennedy e saiu por sua garganta foi o mesmo que atingiu o governador texano John Connally.

O relatório final atesta que os tiros foram todos disparados por Lee Harvey Oswald do sexto andar de um depósito de livros escolares na Elm Street, que estava vazio devido a uma reforma.

O principal registro usado pela comissão (e pelos conspiracionistas) é o chamado Filme de Zapruder, uma filmagem sem som de cerca de 30 segundos registrada em cores pelo cinegrafista amador Abraham Zapruder. Apesar de não ser o único registro em filme, é o que mostra o evento mais nitidamente.

Teorias alternativas

O relatório final da Comissão Warren foi alvo de desconfiança desde o momento em que foi publicado. Analistas apontam dúvidas, omissões e falhas, como o fato de o médico pessoal de Kennedy — que testemunhou a ação e assinou seu atestado de óbito — não ter sido ouvido.

Outro ponto especialmente contestado é a “teoria da bala única”, que, segundo críticos, exigiria que o projétil descrevesse uma trajetória impossível para ferir Kennedy e Connally. Estes críticos alegam que a conclusão da comissão, apelidada de “teoria da bala mágica”, é conveniente para direcionar para a conclusão de que Oswald teria agido sozinho, sendo o autor de todos os disparos.

Além disso, muitos apontam que o Filme de Zapruder mostra a cabeça de Kennedy, ao receber o segundo tiro, inclinando-se rapidamente para trás e caindo para a esquerda, o que indicaria um tiro disparado de frente e à direita.

Autoria

Segundo o promotor Vincent Bugliosi, desde 1963, um total de 42 grupos, 82 assassinos e 240 pessoas já foram acusadas de ter algum envolvimento com o assassinato de John F. Kennedy. Conheça os alvos mais comuns apontados por teóricos da conspiração:

União Soviética e a KGB – A Presidência de Kennedy foi marcada por um dos períodos mais tensos na Guerra Fria, quando a União Soviética se aproximou do regime de Fidel Castro e instalou mísseis balísticos em Cuba. Temia-se que uma guerra fosse iminente entre as duas maiores potências nucleares do planeta.

Cuba e Fidel Castro – Castro tomou o poder na ilha após depor o ditador Fulgencio Batista, pró-EUA, em 1958, e a partir de então as relações entre os dois países se deterioraram rapidamente. Em abril de 1961, já com Kennedy na Casa Branca, um grupo paramilitar de cubanos exilados treinados pela CIA entrou na ilha, em um episódio conhecido como a Invasão da Baía dos Porcos. A operação fracassou, terminando com 118 cubanos exilados e 4 americanos mortos, além de todos os outros 1.202 invasores capturados.

Máfia – Após sua morte, surgiram boatos de que John Kennedy e seu pai tinham conexões com Sam Giancana, um conhecido mafioso de Chicago, que teria ajudado a angariar votos em sua campanha presidencial. Uma teoria diz que a máfia teria se enfurecido com a cruzada contra o crime organizado perpetrado por seu irmão, Robert Kennedy, nomeado procurador-geral por John.

CIA, o FBI ou um grupo composto por seus agentes – Diversas teorias conspiratórias envolvem as organizações no assassinato do presidente — ou elas como um todo, ou alguns agentes descontentes com a administração. A mais famosa delas tem origem no investigador de Nova Orleans Jim Garrison, um dos primeiros a presumir que Lee Harvey Oswald não seria um ex-militar com inclinações comunistas, mas um agente da CIA.

Israel – Sem provas, teóricos da conspiração alegam que o assassinato foi uma operação do Mossad, o serviço secreto israelense, motivado pela oposição vocal de Kennedy ao programa nuclear israelense, desenvolvido pelo então primeiro-ministro do país, David Ben-Gurion.

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