Segunda-feira, 20 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 20 de janeiro de 2025
O processo foi criado pelo governo Biden em uma tentativa de frear a imigração ilegal.
Foto: ReproduçãoNesta segunda (20), poucos minutos se passaram após a posse de Donald Trump como presidente nos Estados Unidos, a notícia de uma de suas primeiras medidas anti-imigração chegava ao conhecimento do público. O republicano decidiu encerrar a operação do aplicativo CBP One, marca do governo do democrata Joe Biden, que tinha a intenção de facilitar o processo imigratório legal.
Ao abrir o site da ferramenta, surge o seguinte aviso: “A partir de 20 de janeiro de 2025, as funcionalidades do CBP One™, que anteriormente permitiam que estrangeiros indocumentados enviassem informações antecipadas e agendassem compromissos em oito portos de entrada da fronteira sudoeste, não estarão mais disponíveis, e os compromissos existentes foram cancelados.”
O aplicativo permitia que migrantes em certas partes do México solicitassem um horário para serem analisados por oficiais de imigração norte-americanos em pontos de entrada legais na fronteira. O processo foi criado pelo governo Biden em uma tentativa de frear a imigração ilegal.
Aqueles que eram admitidos nos EUA por meio do sistema podiam solicitar autorizações de trabalho, além de asilo em tribunais de imigração.
Segundo a emissora norte-americana CBS News, estima-se que 270 mil migrantes estavam esperando no lado mexicano da fronteira com os EUA, na esperança de obter uma consulta por meio do aplicativo, e serão afetados pelo encerramento da operação.
De janeiro de 2023 a 16 de janeiro de 2025, cerca de 919 mil migrantes foram autorizados a entrar nos EUA pelo aplicativo CBP One, ainda de acordo com dados do canal. A demanda por agendamentos costumava ultrapassar em muito o limite diário de 1.450, estabelecido pela gestão Biden. Os migrantes aguardavam por meses para concluir a solicitação, devido à alta demanda.
Donald John Trump inicia nesta segunda, aos 78 anos, seu segundo e último mandato na Presidência dos Estados Unidos. O republicano deve perdoar centenas de condenados pela invasão e destruição do Capitólio, em janeiro de 2021 — após sua incitação, ao não reconhecer a derrota nas urnas para Biden — do mesmo prédio que hoje é palco de seu retorno triunfal a Washington. A Associated Press (AP) revelou no sábado que juízes federais em diversos estados já deram permissão, nos últimos dias, para que pelo menos 20 pessoas processadas pela invasão do Capitólio viajassem a Washington para celebrar a vitória de Trump. Um magistrado justificou sua decisão alegando que “agora o evento é de comemoração, não de protesto, sem risco de violência”.
De lá para cá, o republicano sofreu um impeachment da Câmara dos Deputados, foi salvo de se tornar inelegível pelos republicanos no Senado, abandonado por Wall Street, que o considerava “radioativo”, e se tornou o primeiro ex-presidente condenado por um crime e agora o único a retornar ao poder com a ficha suja.