Quarta-feira, 05 de março de 2025
Por Redação O Sul | 5 de março de 2025
Em um longo discurso de 1 hora e 40 minutos, o republicano fez um balanço das seis primeiras semanas de seu novo governo.
Foto: ReproduçãoO presidente norte-americano Donald Trump fez na terça-feira (4), no Congresso dos EUA, o seu primeiro discurso anual do Estado da União de seu novo mandato, sob aplausos de republicanos e protestos de democratas, que empunhavam plaquinhas com os dizeres “Salvem o Medicaid”, “Musk rouba” e “Protejam os veteranos”.
Em um longo discurso de 1 hora e 40 minutos, o republicano fez um balanço das seis primeiras semanas de seu novo governo.
Listou medidas tomadas nesse período, como o avanço das deportações, a mudança do nome do Golfo do México para o Golfo da América, a saída dos Estados Unidos da Organização Mundial da Saúde e a revogação de regulações ambientais postas em prática pela administração anterior.
Trouxe anúncios na área econômica, como a imposição de tarifas recíprocas para países a partir de abril e medidas de fomento à indústria naval dos Estados Unidos.
Também procurou distender os ânimos com Volodymyr Zelensky, citando ter recebido uma carta do presidente ucraniano com a sua intenção de retomar as negociações pela exploração dos minerais terras raras.
Essa foi a primeira menção amigável de Trump a Zelensky após o bate-boca entre os dois líderes na última sexta-feira (28).
“Resgate do sonho americano”
O presidente norte-americano manteve um tom combativo, atacando abertamente a administração de Joe Biden, a quem chamou de “pior presidente da história dos EUA”. Também efetuou ataques a outros membros proeminentes do partido democrata, como a senadora Elizabeth Warren e Stacey Abrams.
Usando da temática já explorada na campanha eleitoral de retornar “a América a era de ouro”, o republicano resgatou ideias tidas como controversas, como a retomada do controle do Canal do Panamá e a incorporação da Groenlândia ao território norte-americano.
O presidente também usou a tribuna do Capitólio para falar contra políticas de diversidade fomentadas pelo governo federal dos Estados Unidos, doméstica e internacionalmente.
“Nós acabamos com a tirania da chamada política de diversidade, equidade e inclusão de todo o governo federal. Nosso país não será mais ‘woke’ “, falou Trump.
Destaque para Musk
A presença de Elon Musk nas galerias do Capitólio foi destacada pelo presidente republicano, que usou um trecho do seu discurso para agradecer o trabalho do bilionário à frente do Departamento de Eficiência Governamental (Doge, na sigla em inglês).
Sob a liderança do homem mais rico do mundo, o Doge vem desmontando agências governamentais, diminuindo o número de funcionários federais e adquirindo acesso a dados sensíveis do governo, gerando a reação de tribunais.