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Tubarão “agressivo” que apareceu em praia de Santa Catarina foi devolvido ao mar por guarda-vidas: “Não tive medo”

O animal, conhecido também como Anequim, é considerado o tubarão mais rápido do mundo. (Foto: Reprodução)

Para resgatar e devolver ao mar o tubarão avistado próximo da faixa de areia na Praia da Picama em Balneário Barra do Sul, em Santa Catarina, no último domingo (11), guarda-vidas que trabalhavam no local usaram um galho de árvore de aproximadamente dois metros, que os ajudou a empurrá-lo de volta à água

“Foi bem agressivo. Mordeu o galho da árvore, mas retornou pro mar sem ferimento nenhum”, garante.

O animal, conhecido também como Anequim, leva o nome científico Isurus oxyrinchus, é considerado o tubarão mais rápido do mundo e é “bastante agressivo”, segundo o oceanógrafo Jules Soto.

Rotermel, no entanto, garantiu que não teve medo. Morando em Barra do Sul há 20 anos, ele disse que já viu focas, baleias, mas nunca um tubarão na região.

“Foi inusitado. Não fiquei com medo, mas se eu tivesse dentro da água ficaria complicado”, brinca.

Segundo Soto, que também é curador do Museu Oceanográfico da Universidade do Vale do Itajaí (Univali), o animal visto nas imagens pode atingir até 60 quilômetros por hora no mar, enquanto os demais tubarões não passam dos 40 quilômetros por hora.

Em imagens, analisadas pelo especialista, é possível verificar que o tubarão macho juvenil tenta voltar para o fundo do mar, mas é arrastado pelas ondas. Na vida adulta, atingem até 3,5 metros e podem pesar 500 quilos.

Segundo o oceanógrafo, apesar de ser considerado agressivo, ele não costuma ferir pessoas, pois é encontrado apenas em mar aberto, e não próximo da costa.

De acordo com Soto, apesar da proximidade com a faixa de areia, a orientação é que banhistas que avistarem animais marinhos nestas condições chamem o Corpo de Bombeiros

Orientações

Segundo Rotermel, o dia estava nublado e meio chuvoso, por isso, a praia estava vazia. A primeira ação pensada pelo trio de guarda-vidas, diz o socorrista, foi tentar puxá-lo para mais próximo da areia e, assim, acionar o grupo de Monitoramento de Praias da Univille, especializada neste tipo de resgate.

Como não conseguiram, optaram pelo galho de árvore.

O oceanógrafo Jules Soto alerta que, apesar da proximidade com a faixa de areia, a orientação é que banhistas que avistarem animais marinhos nestas condições chamem o Corpo de Bombeiros.

No caso do tubarão encontrado no domingo, por exemplo, o risco é ainda maior, já que ele “possui uma mordida lacerativa extremamente forte”, explicou o professor. As informações são do portal de notícias G1.

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