Quinta-feira, 14 de novembro de 2024
Por Redação O Sul | 21 de agosto de 2024
Admiradores de Silvio Santos dificilmente conseguirão visitar o túmulo onde o apresentador foi enterrado, no Cemitério Israelita do Butantã, em São Paulo. O lugar não tem acesso liberado ao público – por ser um um templo sagrado, apenas seguidores da religião judaica podem entrar. O controle do acesso pela segurança no espaço, inclusive, foi reforçado nos últimos dias com o aumento da procura por visitação.
Ao jornal O Globo, a instituição, administrada pela associação Chevra Kadisha de São Paulo, afirma que o “cemitério é um templo santo para a religião” e que, por isso, o acesso ao local não é liberado para o público em geral. Devido à tradição judaica, mesmo pessoas que pertencem ao judaísmo, não realizam homenagens ao morto em seu local de sepultamento.
Nos últimos dias, o cemitério israelita reforçou o controle do acesso ao local. Pessoas da comunidade judaica estão precisando provar que pertencem realmente à religião para entrar no espaço.
Tradição judaica
Segundo o Judaísmo, logo que um judeu morre são feitos os cuidados com o corpo. Como explica a Chevra Kadisha, a associação do cemitério israelita de São Paulo, o corpo primeiro é lavado, depois envolto em uma mortalha branca e simples, a Tach’richim. O corpo é colocado no caixão fechado porque a tradição considera um desrespeito ao morto que seja exibido.
É recomendado que o sepultamento seja feito o mais rápido possível depois que a pessoa morreu. O judaísmo entende que enquanto o corpo não for enterrado, a alma ainda não está em repouso. A tradição também pede que não seja feito enterros aos sábados, por ser o dia de descanso, o sabbath, período que vai do pôr do sol de sexta-feira ao pôr do sol de sábado.
No ritual fúnebre judaico há a leitura de trechos da Torá, o livro sagrado do Judaísmo, e palavras do rabino e de pessoas queridas e próximas ao morto. No enterro, os presentes ajudam, um de cada vez, a cobrir o caixão com terra.
Morte de Silvio Santos
O icônico apresentador morreu no último sábado (17) aos 93 anos, por decorrência de uma broncopneumonia após uma infecção por Influenza (H1N1), de acordo com o boletim médico do hospital Albert Einstein, onde o apresentador estava internado.
Entre os seus últimos pedidos, Silvio Santos afirmou que não queria um velório. O dono do SBT queria que seu corpo fosse logo levado para o cemitério e que a cerimônia de despedida fosse restrita à família e a amigos próximos. Todos os ritos de despedida serão feitos de acordo com a tradição judaica, religião do empresário. Sua ideia, segundo comunicado divulgado pelas filhas, era ser lembrado com alegria.
Silvio deixa a mulher, Íris Abravanel, seis filhas, 14 netos e quatro bisnetos. As informações são do jornal O Globo.