Sábado, 12 de abril de 2025
Por Cláudio Humberto | 9 de abril de 2025
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
A dinheirama que os Correios despejaram para comprar a “cota master” de patrocínio da turnê “Gilberto Gil Tempo Rei” irritou funcionários da estatal, que nem mesmo estão com plano de saúde ativo, suspenso após calote no pagamento, e mobilizou a oposição, que pediu ao Tribunal de Contas da União (TCU) para apurar a gastança da gestão de Fabiano dos Santos no comando dos Correios, tecnicamente quebrados, como afirmam diretores, após admitir prejuízos superiores a R$2,2 bilhões.
Pedala, ministro
O deputado Gustavo Gayer (PL-GO) cobrou o ministro Juscelino Filho (Comunicações) e questiona a “priorização questionável de recursos”.
Afronta e deboche
“Direcionar milhões de reais para uma turnê de Gilberto Gil soa como uma afronta aos direitos dos trabalhadores”, diz Gayer.
Modus operandi
Junio Amaral (PL-MG), que acionou o TCU, considera inadmissível “que o governo instrumentalize as estatais para beneficiar seus apoiadores”.
Ladeira abaixo
“A estatal passa por uma grave crise financeira causada pela péssima governança petista”, disse o parlamentar mineiro.
Crime ‘saúda’ PEC de Lula subjugando Guaxupé
Os tiros do ”novo cangaço” na linda Guaxupé (MG), diz a oposição, tiveram significado de “salve” à PEC da Segurança de Lula, que Ricardo Lewandowski (Justiça) levaria logo depois ao presidente da Câmara, Hugo Motta. A proposta foi recebida com desconfiança: além de defender “desencarceramento em massa”, o ministro impôs audiências de custódia ao País, via resolução do Conselho Nacional de Justiça, criando “portas giratórias” nas delegacia que soltam até bandidos presos em flagrante.
Portas assassinas
As “portas giratórias” fizeram surgir o Brasil a prisão rotineira de bandidos que colecionam inúmeras, até dezenas, de “passagens” pela polícia.
Polícia como alvo
Para lacradores como os autores da PEC, o problema de segurança não é a impunidade, a culpa é de quem protege a sociedade: os policiais.
Remédios leves, não
Hugo Motta ao menos teve a sensatez de advertir que o Brasil é paciente com câncer grave (crime) que não pode ser tratado com remédios leves.
Desencarceramento
A imprensa cearense conta o caso surreal do juiz que soltou três acusados de decapitar uma mulher por considerar que os criminosos “não oferecem risco à ordem pública”. Anjinhos, vitimas da sociedade.
Rei Bukele
O Brasil parece estar na fase que antecedeu a eleição de Nayib Bukele em El Salvador. O jovem político prometeu meter todo mundo na cadeia, incluindo autoridades lenientes, e cumpriu a promessa. Quase virou rei.
Que vergonha
O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) reagiu ao patrocínio de R$4 milhões dos Correios na turnê de Gilberto Gil: “Isso é uma humilhação para os trabalhadores dos Correios. A empresa mal consegue se manter de pé”.
Crédito merecido
Após a revelação desta coluna do patrocínio de R$4 milhões dos Correios à turnê do cantor Gilberto Gil, amigo da administração Lula (PT), o leitor Agnaldo Morato ironiza: “não existe petista grátis”.
Agencia de Censura
A “agência reguladora” Anatel se assanha para virar xerife das redes sociais. Há diretores salivando para exercerem papel de censores. A Anatel não consegue fazer bem nem mesmo seu papel atual.
Aportes certeiros
O bilionário Warren Buffett não tem do que reclamar de Donald Trump na presidência dos Estados Unidos. Desde que o republicano assumiu, Buffett viu a fortuna crescer US$11,5 bilhões, agora tem US$154 bilhões.
Descalabro impactante
Repercutiu a prioridade que a gestão dos Correios dá ao dinheiro da estatal ao injetar R$4 milhões para patrocinar turnê de Gilberto Gil, como a coluna revelou. O termo “Correios” parou nos assuntos do dia do ‘X’.
Traz o engov
Foi indigesto almoço, ontem (8), entre Juscelino Filho (ex-Comunicações) e Gleisi Hoffmann (Rel. Institucionais), encarregada de entregar o recado de Lula de que ele deveria pedir demissão. À tarde ele pediu para sair.
Pensando bem…
…tem dispensa e tem demissão.
PODER SEM PUDOR
Caráter de um político
Jornalista muito querido e admirado, Mauricio Dinepi, falecido dias atrás, descobriu de forma curiosa a natureza de um político que julgava seu amigo e a quem havia ajudado convidando-o a participar da programação da Rádio Tupi do Rio, que dirigia. O deputado Júlio Lopes (PP-RJ) deixou um recado na secretária eletrônica do seu celular, insistindo em um assunto que Dinepi acreditava que havia rechaçado. Lopes não percebeu que, após deixar recado, não havia desligado o aparelho, e seguiu conversando com um sujeito ao lado, beneficiário do tal assunto. Ao ouvir o recado, Dinepi conheceu o que Lopes pensa dele: “muito nervoso” e outras referências desairosas. Perplexo, o jornalista ligou para o deputado, passou-lhe uma descompostura e se demitiu de sua “amizade”, para sempre.
(@diariodopoder)
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
Voltar Todas de Cláudio Humberto