Quarta-feira, 09 de abril de 2025
Por Cláudio Humberto | 8 de abril de 2025
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
Servidores dos Correios estão indignados com os R$ 4 milhões que a estatal desembolsou para virar “patrocinador master” da turnê do cantor Gilberto Gil. Os shows começaram no fim de março, quando os trabalhadores já passavam sufoco e denunciavam o desconto e o não repasse de valores ao FGTS. Desta vez, a revolta com o patrocínio se soma a outra dor de cabeça dos trabalhadores: o descredenciamento do plano de saúde que, sem receber, suspendeu os atendimentos.
Só aparência
Sob ameaça de greve e com transportadores recebendo em atraso, os Correios figuram ao lado de patrocinadores como a luxuosa Rolex.
Tá salgado
Apesar do farto dinheiro público, o pobre vai passar longe. Os ingressos chegam a custar R$1.530; mais do que um salário mínimo (R$1.518).
Dinheiro pelo ralo
No “Encontro de Novos Prefeitos e Prefeitas em Brasília”, esse ano, os Correios bancaram R$1,3 milhão. O ato teve Lula bajulando os novatos.
Fala, Correios
À coluna, os Correios defendem o patrocínio como reposicionamento de marca. E diz que está em tratativas para manter o plano de saúde ativo
Governo esconde gastos de viagens em março
O Portal da Transparência, mantido pela Controladoria-Geral da República de Lula (PT), parou de atualizar em fevereiro os números, sempre chocantes das despesas do governo federal com viagens (passagens, diárias pagas a servidores e “outros gastos”). Nos últimos dias de fevereiro, o total de gastos havia chegado em quase R$80 milhões, após torrar mais de R$2 milhões ao dia nos últimos dias do mês. De lá para cá, a transparência do governo petista é zero.
Passagem é secundário
O governo torrou, apenas até as últimas semanas de fevereiro, R$37,8 milhões com passagens e R$41,4 milhões com diárias.
Recorde destruído
Os dois primeiros anos do terceiro governo Lula (PT) representam os dois anos com maiores despesas do governo federal da História.
Sem comparação
Foram quase R$2,3 bilhões torrados em 2023 e mais de R$2,3 bilhões em 2024, o ano com a maior despesa de viagens da História.
Não foi golpe
Incêndio no ar-condicionado do anexo do Ministério da Educação forçou servidores a evacuarem o prédio, próximo à Esplanada. Até agora não há inquérito por tentativa de golpe utilizando-se de máquinas velhas.
Besteirol de Lula
Lula continua falando uma coisa e seu governo fazendo outra, sobre o tarifaço. Deveria reconhecer que Donald Trump deu tratamento de país amigo ao Brasil, taxado com os mesmos 10% do aliado Reino Unido.
Casa de enforcado
Deputados de sete partidos protocolaram pedido de uma sessão solene em homenagem ao Dia Internacional do Combate à Corrupção. Novo, Republicanos, MDB, União Brasil, PSD, PL e PRD. O PT, claro, ficou de fora. Seria como falar de corda em casa de enforcado.
Perigosos golpistas
Bolsonaro disse na Paulista que só psicopatas viram “golpe”, ao citar os novos condenados, o pipoqueiro e o sorveteiro. O vendedor de algodão doce, em fotos do 8 de janeiro, deve ser outro “golpista” na mira.
Lobby supremo
O lobby dos planos de saúde está a mil em Brasília. O STF começa a discutir esta semana o processo contra a lei que ampliou a cobertura dos planos para procedimentos fora da lista da ANS. Querem derrubar.
Perigo iminente
Ricardo Lewandowski tentará destravar o que o governo chama de “SUS da Segurança”. Ele levará Gleisi Hoffmann apara sua reunião Hugo Motta, presidente da Câmara. Periga de devolver tudo à estaca zero.
Derrete
As ações da Petrobras fecharam em queda de 3,97% nesta segunda-feira (7). Comparando com um ano atrás, o tombo deixa a coisa ainda pior: a queda chega aos 14,11%.
Galípolo na CPI
Sem engrenar direito, a CPI das Bets ouve nesta terça-feira (8) o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo. Deve falar sobre fiscalização das transações financeiras das casas de apostas.
Pensando bem…
…uso e porte de maconha, tudo bem, mas vender picolé e pipoca em manifestação é crime imperdoável.
PODER SEM PUDOR
Conversa indesejável
Governador da Paraíba nos anos 1970 e aliado do regime militar, Ernane Satyro não era dado a amabilidades. Certa vez, num voo para Brasília, instalou-se na primeira fila e enterrou o rosto num livro aberto, para evitar conversas indesejáveis. Um passageiro sentou-se ao seu lado. “Eis uma ótima chance para conversar com o senhor, governador!” Satyro fechou o livro, levantou-se, olhou o homem e despachou: “Boa oportunidade para o senhor, não para mim.” E procurou outro lugar.
(@diariodopoder)
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