O parlamento da Turquia aprovou a entrada da Suécia na Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) nesta terça-feira (23). O fato encerra meses de negociações entre o país e a aliança militar.
O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, ainda precisa assinar a decisão, o que deve acontecer nos próximos dias. Agora, resta apenas a aprovação da Hungria para que a Suécia entre na organização.
Desde 2022, a Turquia fazia objeções sobre a entrada da Suécia na aliança militar, após Estocolmo pedir para entrar na Otan, após a invasão em grande escala da Rússia na Ucrânia.
A Turquia e a Hungria mantêm melhores relações com a Rússia do que outros membros da Otan, aliança que é liderada pelos EUA.
O governo húngaro salientou acreditar que a adesão à Otan “não é uma prioridade” para a Suécia com base nas ações do país. O país havia se comprometido a não ser o último aliado a ratificar a adesão da Suécia, mas o parlamento húngaro está em recesso até meados de fevereiro.
O primeiro-ministro da Suécia, Ulf Kristersson, disse que o país “está a um passo mais perto de se tornar membro da Otan”.
Em julho de 2023, Erdogan concordou em encaminhar ao parlamento a proposta da Suécia para ingressar na Otan. Na ocasião, o secretário-geral Jens Stoltenberg disse que “o presidente Erdogan concordou em encaminhar o protocolo de adesão da Suécia à grande assembleia nacional o mais rápido possível e trabalhar em estreita colaboração com a assembleia para garantir a ratificação”, disse Stoltenberg em entrevista coletiva.”
A Otan (sigla que significa Organização do Tratado do Atlântico Norte) é uma aliança formada por 31 países, incluindo EUA, Canadá, Reino Unido e França (veja lista completa abaixo).
A organização passou para o centro das discussões da diplomacia internacional em meados de abril e ao longo de maio de 2022 devido à possibilidade de adesão da Finlândia e da Suécia, em meio à Guerra na Ucrânia. Em abril de 2023, a Finlândia entrou oficialmente para o grupo.
A organização foi criada em 1949, no período da chamada Guerra Fria, sob a liderança dos EUA em oposição à extinta União Soviética.
Desde então, a Otan passou a atuar, sobretudo, como uma aliança que zela pelos interesses econômicos dos membros, com algumas exceções, como por exemplo quando agiu diretamente na Líbia, no conflito que derrubou o ditador Muammar Gaddafi.