O Twitter trabalha em um recurso para facilitar o compartilhamento de tuítes a partir dos captura de tela. Ao “printar” algo na rede social, um pop-up perguntando ao usuário se ele deseja compartilhar a imagem começou a surgir para algumas pessoas.
Além da opção de usar a imagem printada, a plataforma também exibe um botão “Copiar Link”, como sugestão para imagens que possuem tuíte específico. O recurso surge automaticamente e desaparece da tela em segundos se você não clicar no aviso — não há opção de cancelar a ação nem desativar.
Na prática, isso significa que o aplicativo do Twitter está trabalhando com uma inteligência artificial capaz de identificar as capturas de tela para alguma finalidade ainda não especificada. Mas é possível especular sobre isso e tirar algumas conclusões.
Prints não geram receita
É relativamente comum as pessoas criarem pequenas reflexões no Twitter, registrarem a imagem da tela e depois compartilhá-la em outras redes sociais. Esse tipo de atitude ajuda a criar conteúdos multiplataforma para os influenciadores digitais, mas é ruim para o negócio da rede social do passarinho, já que menos pessoas precisam acessá-la para ler o conteúdo.
A principal forma de monetização do Twitter hoje é a exibição dos anúncios, que andam em baixa por lá, logo é extremamente prejudicial para a empresa ter menos acessos. A matemática é simples: quanto mais gente vendo as propagandas, mais dinheiro a rede social ganha.
Usar o compartilhamento de links, portanto, é muito mais proveitoso para a rede, comprada recentemente por Elon Musk, do que as imagens estáticas. Enviar um aviso para “copiar links” em vez de fazer capturas pode ser uma forma educada de lembrar o usuário da importância de trazer pessoas para o seu círculo de amizades.
Em busca de crescimento
O Twitter afirma ter 237,8 milhões de usuários ativos diários em média no segundo trimestre de 2022, aumento de 16,6% em comparação com o mesmo período do ano anterior. O número pode ser sido obtido graças às melhorias contínuas de ferramentas, como a aposta em conversas por áudio, melhorias no algoritmo e mais opções para criadores.
A rede social trouxe também o Twitter Blue, sistema de assinaturas que dá acesso a recursos exclusivos, além de ferramentas de lucro para os criadores. Um exemplo é o Super Follow e seu enfoque na relação entre influenciadores e fãs, com um modelo de apoio financeiro semelhante à Twitch. Todas essas incursões são apostas da empresa para criar fontes alternativas de lucro, atraindo mais gente para a plataforma.
Apesar da tentativa, é pouco provável que as pessoas abandonem os prints em favor dos links. Isso porque tuítes podem ser facilmente apagados (e futuramente editados), o que leva consigo conteúdos, estatísticas, engajamento e outras informações relevantes. Além disso, como todo site, o Twitter pode não existir para sempre — e boa parte da produção se perderia se isso ocorresse.