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Twitter removerá contas e postagens que promovam redes sociais concorrentes

Elon Musk disse que queria começar a eliminar contas inativas no Twitter e liberar 1,5 bilhão de nomes de usuários. (Foto: Reprodução)

O Twitter disse que iria remover contas criadas exclusivamente com o propósito de promover outras plataformas sociais e conteúdo que contenha links ou nomes de usuário. Mas a empresa voltou atrás dessa decisão poucas horas depois.

A página que informava a alteração foi tirada do ar. “No futuro, haverá uma votação para grandes mudanças políticas. Minhas desculpas. Não vai acontecer de novo”, disse Elon Musk.

O perfil de segurança do Twitter abriu uma enquete para saber se a plataforma deve manter essa política. Nesta segunda-feira (19), até às 13h56min, 86,8% tinham votado “não”; 13,2%, “sim”.

Junto com a nova política foi divulgada uma lista de redes concorrentes que seriam proibidas: Facebook, Instagram, Mastodon, Truth Social, Tribel, Post e Nostr. Além dessas, também entra na proibição o uso de agregadores de links, como o linktr.ee.

O que se sabe

A justificativa da empresa para essa nova regra é que o “Twitter não irá mais permitir divulgação gratuita de outras plataformas sociais”, dizia o anúncio na página da companhia.

Contas usadas exclusivamente para promover conteúdo ou divulgar alguma dessas plataformas proibidas serão excluídas.

Postagens como “me siga no Instagram em @usuario” ou “veja meu perfil no facebook/usuario” serão excluídas. As postagens que violarem essa nova política seriam suspensas temporariamente, sendo excluídas definitivamente se houver uma nova infração, segundo a empresa.

Usuários nas redes sociais já declaram ter posts deletados por esses motivos. Alguns alegam que se adiantaram e removeram por conta própria links que direcionam para outras plataformas.

O que é permitido

O Twitter esclareceu que postagem cruzada, ou seja, incluir um vídeo do YouTube dentro de um tweet, não será um problema.

O alvo é a divulgação de outras plataformas de forma gratuita, tanto que propaganda paga será permitida, inclusive das redes na lista de proibição.

Gestão de Musk

A mudança de política segue outras ações caóticas no Twitter desde que Elon Musk, também presidente-executivo da Tesla, comprou a rede social em outubro.

O bilionário demitiu a alta administração e milhares de funcionários da empresa, enquanto avalia quanto cobrar pelo serviço de assinatura, o Twitter Blue.

Na sexta-feira (16), suspendeu contas de vários jornalistas americanos, o que provocou reações de grandes veículos de comunicação, entidades da sociedade, setores políticos, além de ameaças de sanção por parte da União Europeia.

O empresário acusou os repórteres de compartilhar informações privadas sobre seu paradeiro, sem apresentar provas. Depois, no sábado (17) Musk voltou atrás e restabeleceu as contas suspensas de jornalistas.

Elon Musk foi à final da Copa e disse que o evento tem recorde de tuítes. Em sua conta, ele postou vídeos, parabenizou o gol de Messi e disse que o jogo estava “superemocionante”. O empresário também revelou que, com o gol da França, o número de tuítes foi o mais alto para uma Copa. “24.400 tuítes por segundo com o gol da França, o maior da história da Copa do Mundo”, disse.

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