O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi incluído em uma lista de pessoas que promovem o que o governo da Ucrânia chamou de “propaganda russa” na guerra entre os dois países.
Lula é o único brasileiro na lista do Centro de Combate à Desinformação, uma plataforma criada pela defesa ucraniana.
O motivo para Lula estar na lista, segundo a Ucrânia, é a declaração de que o presidente da ucrânia Volodymyr Zelensky é tão culpado pela guerra quanto Vladimir Putin. Ainda de acordo com o centro ucraniano, Lula teria dito que a Rússia “deve liderar a nova ordem mundial”.
Bolsonaro
O presidente Jair Bolsonaro (PL) reafirmou que o Brasil não vai aderir a sanções contra a Rússia. O chefe do Executivo relatou trechos da conversa com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, ocorrido no último dia 18, e disse que não atenderá ao pedido de união de sanções contra o país russo. Bolsonaro disse ter mantido na conversa a “posição de estadista” e que o Brasil continua em posição de “equilíbrio”.
A ligação de Zelesnky ocorreu em meio a negociação do Brasil com a Rússia de compra de fertilizantes e uma tentativa de acordo para a importação de diesel. “Ele desabafou muita coisa e eu não retruquei. Mantive a posição de estadista. (…) Nós não vamos aderir a essas sanções econômicas, continuamos em equilíbrio. Se eu não tivesse mantido a posição de equilíbrio vocês acham que nós teríamos fertilizantes no Brasil? Como estaria nossa segurança alimentar e de mais de 1 bilhão de pessoas no mundo?”, questionou.
Ainda sobre a compra de diesel do exterior, Bolsonaro disse que está buscando o “mais barato”. “É uma nova política que a gente está implementando. Não é fácil você mexer num quadro num lobby tão poderoso como o do combustível no mundo todo”.
Questionado sobre o andamento das negociações com Vladimir Putin sobre o insumo, Bolsonaro destacou que o relacionamento com o líder russo é “excepcional”. “Se tiver tudo desembaraçado, o mais rápido possível. O meu relacionamento com o governo russo não é bom não, é excepcional. Então não temos problemas, se depender do governo russo, em tratar desse assunto”.