A vice-ministra da Defesa da Ucrânia, Hanna Maliar, fez no domingo (9) a admissão mais clara até agora de que as forças ucranianas foram responsáveis pelo ataque, em outubro do ano passado, contra a ponte Kerch, que liga a Rússia à Península da Crimeia, território anexado por Moscou em 2014.
Ao listar 12 conquistas ucranianas desde o início da invasão russa, Maliar escreveu no Telegram: “Há 273 dias, nós lançamos o primeiro ataque contra a ponte da Crimeia para romper a logística russa”.
Além de ser um símbolo de prestígio da anexação da península por Moscou – ato considerado ilegal pela comunidade internacional –, a ponte rodoviária e ferroviária estava sendo usada principalmente para transportar equipamentos militares para as Forças Armadas russas na guerra contra a Ucrânia.
A mensagem no Telegram também mencionou o naufrágio do navio de guerra russo Moskva, há mais de 450 dias, e a liberação da Ilha da Cobra, há mais de 370 dias.
Polônia
Também no domingo, o presidente da Polônia, Andrzej Duda, visitou a Ucrânia e reiterou a necessidade de os aliados ocidentais se manterem unidos em torno do país invadido, às vésperas de uma cúpula da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) em que Kiev busca concretizar o seu processo de adesão à aliança militar. A Polônia é um dos principais apoiadores da Ucrânia junto à organização.
“A Ucrânia e a Polônia estão juntas, unidas na luta contra um inimigo comum”, disse o chefe da administração presidencial ucraniana, Andriy Yermak.
A cúpula da Otan ocorre em Vilna, capital da Lituânia, nesta terça (11) e quarta-feira (12).