Sexta-feira, 29 de novembro de 2024
Por Redação O Sul | 24 de fevereiro de 2022
Sites do Ministério da Defesa, do Ministério de Relações Exteriores, do Serviço de Segurança e do gabinete de ministros foram derrubados.
Foto: ReproduçãoAlém da invasão ordenada pelo presidente russo Vladimir Putin na madrugada desta quinta-feira (24), a Ucrânia está sofrendo com ciberataques que derrubaram sistemas e páginas oficiais do país. De acordo com o observatório NetBlocks, sites dos Ministérios da Defesa e das Relações Exteriores, além do Serviço de Segurança e de outros órgãos já haviam sido derrubados no dia anterior.
Os ataques cibernéticos não são uma novidade. Desde janeiro, diversas tentativas semelhantes de desestabilizar páginas militares e financeiras foram registradas na região, já com confirmação de origem russa.
Todos os sites afetados passaram por ataques da modalidade DDoS — ou “de negação de serviço”, quando uma quantidade artificial e coordenada de pedidos de acesso a um portal faz com que ele fique instável ou saia do ar. Além das páginas do governo, domínios de bancos ucranianos também teriam sido derrubados.
Segundo a análise do NetBlocks, os ataques DDoS também são originários da Rússia e não devem ser os últimos, já que o conflito está apenas nas fases iniciais. A ideia seria desestabilizar a Ucrânia também nos meios digitais e dificultar a comunicação na região e a busca por informações em sites oficiais.
Para evitar que os sistemas fiquem foram do ar, o Centro de Comunicação Estratégica da Ucrânia direcionou parte do tráfego para outros servidores, com o objetivo de reduzir o impacto dos acessos simultâneos.
Apagamento de dados em massa
Fora os ataques de sobrecarga, o laboratório de segurança digital ESET encontrou ainda um novo malware que circulou por “centenas de computadores na Ucrânia” e tem como objetivo apagar dados em massa.
O objetivo do programa seria infectar máquinas com acesso a servidores governamentais e corromper informações, ajudando a desestabilizar serviços inteiros do país. Novos estudos sobre essa ameaça estão em andamento e ainda não é possível confirmar que ele é originário da Rússia, embora essa seja a hipótese mais provável.
Até o momento, ele é chamado de HermeticWiper, graças ao certificado digital falso utilizado para fazer com que ele passe despercebido por sistema de segurança.