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Ucrânia troca prisioneiros de guerra com a Rússia

Segundo a Rússia, entre os prisioneiros de guerra há 162 oficiais. (Foto: Reprodução)

Ucrânia e Rússia realizaram uma troca de prisioneiros no sábado (9), a terceira desde o início do conflito. A informação foi divulgada pela ministra da Defesa da Ucrânia, Iryna Vereshchuk, em uma publicação nas redes sociais.

Ao todo, 12 soldados ucranianos feitos prisioneiros ao longo dos últimos meses de conflito foram resgatados e voltaram para casa. O governo ucraniano não informou quantos soldados russos fizeram parte da negociação.
Além deles, 14 civis ucranianos também foram libertados.

Reino Unido

Neste sábado, o premier britânico, Boris Johnson, e o presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, se encontraram na em Kiev.

Ainda não foram revelados detalhes sobre a reunião, mas ela ocorre um dia após um ataque russo a uma estação de trem em Donetsk. No ataque, pelo menos 50 pessoas morreram e outras 98 ficaram feridas. Moscou negou o ataque à estação de Kramatorsk, mas o governo ucraniano acusa a Rússia e disse que entre os mortos estão ao menos cinco crianças.

Na sexta-feira, logo após o ataque com mísseis à estação de trem, o governo britânico anunciou o envio de o equivalente a cerca de 100 milhões de libras (R$ 612 milhões) em armas para os ucranianos. Entre as armas estão mísseis anti-aéreos Starstreak e 800 mísseis antitanque. A União Europeia também anunciou o aumento da ajuda militar à Ucrânia em aproximadamente 500 milhões de euros (R$ 2,85 bilhões).

Projeção

Os russos estão sentindo “pressão autoimposta” para alcançar algum tipo de vitória até 9 de maio, segundo duas autoridades europeias. Este é o dia em que a Rússia comemora o Dia da Vitória sobre a Alemanha na Segunda Guerra Mundial.

Tradicionalmente, a Rússia marca o feriado com um desfile da vitória militar pela Praça Vermelha e um discurso do presidente Vladimir Putin.

Faltando um mês para o feriado, as autoridades dizem que a Rússia está se reagrupando e deslocando suas forças para o sudeste da Ucrânia – um objetivo muito mais limitado do que tomar grandes áreas do país – com o objetivo de alcançar algum tipo de vitória regional. “Consolidar e tentar pelo menos ter algo para falar é claramente do interesse deles”, disse uma das autoridades.

Ela observou que a pressão do tempo pode levar as forças russas a cometer erros, agravados pelas questões logísticas e pelos problemas de moral que já enfrentam.

A segunda autoridade europeia disse que um cronograma político para a guerra pode levar a um “desastre militar como consequência”. Mas também pode levar as forças russas a cometerem mais atrocidades, disse o primeiro oficial. “O fedor desses crimes de guerra vai pairar sobre essas forças armadas russas por muitos anos”, disse.

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