Domingo, 22 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 2 de setembro de 2024
No total, foram 4.802 animais inscritos na feira.
Foto: Jürgen Mayrhofer/SecomA 47ª Expointer chegou ao seu final no último domingo (1º). As maiores estrelas do evento, os animais, deixaram o Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio, na manhã desta segunda-feira (2). Adultos e crianças disputaram espaço para ver os grandes animais, como cavalos, bois e búfalos, e também os pequenos, como cachorros, coelhos e chinchilas.
No total, foram 4.802 animais inscritos na feira, sendo 3.458 de argola (que foram a julgamento) e outros 1.344 rústicos. O comissário-geral da Expointer, Pablo Charão, explica que, alguns dos animais só puderam sair entre o final do domingo e a manhã de segunda em decorrência de uma autorização da Polícia Rodoviária Federal, que avalia as condições de trânsito no entorno do parque.
“É feita em conjunto uma avaliação do público dentro do parque, porque é difícil transitar com os animais para sair. Geralmente isso ocorre ao fim do dia, e praticamente todo o processo é concluído no final da manhã de segunda-feira. As equipes de defesa sanitária animal fazem a conferência dessa movimentação de saída”, detalha.
Para o comissário-geral da Expointer, esta edição da feira surpreendeu por ter acontecido logo após as enchentes, que afetaram milhares de famílias no Rio Grande do Sul. O sucesso se dá tanto pela presença dos produtores quanto pelo volume de negócios.
“Os produtores se mostraram confiantes. Estão fazendo seus negócios e expondo sua genética. O retorno é que essa participação tem sido bem interessante, seja para a venda direta ou para vitrine que a Expointer representa”, finaliza.
Expointer da Retomada
Surpreendendo o setor do agronegócio após tantos prejuízos com as enchentes de maio, a movimentação financeira superou a de 2023 em 1,41%, ultrapassando os R$ 8,1 bilhões. O anúncio foi realizado pelo secretário da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação do Rio Grande do Sul, Clair Kuhn, na coletiva de encerramento do evento. Como já é tradicional, o setor de máquinas e implementos agrícolas liderou a comercialização, com R$ 7,3 bilhões, mesmo número do ano passado.
A venda de animais gerou quase R$ 19 milhões, e a agricultura familiar, com seus 413 expositores, obteve R$ 10 milhões. Um dos maiores aumentos percentuais foi o do segmento automobilístico (+25%), que se recuperou rapidamente após a tragédia climática e contabilizou mais de R$ 592 milhões em negócios, principalmente com clientes de fora do Estado. As principais quedas foram na venda de insumos (-57,6%) e no comércio interno no parque (-14,9%).