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Um advogado foi preso por suspeita de mandar incendiar Fórum para destruir processos

As provas relacionadas ao processo criminal dele não foram atingidas, mas outros processos foram destruídos. (Foto: Reprodução)

O advogado Enes Borges de Mendonça foi preso na terça-feira (21) suspeito de mandar incendiar o Fórum de Itapaci, na região central de Goiás, a cerca de 220 quilômetros de Goiânia. Segundo a Polícia Civil do Estado, ele e outros três familiares cometeram o crime porque queriam destruir um processo em que ele era apontado como suspeito de crimes como homicídio e ameaça. As informações são do portal de notícias G1 e da Polícia Civil de Goiás.

Defesa

O portal de notícias G1 informou que não conseguiu localizar a defesa dos suspeitos. Em nota, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) informou que ainda não foi comunicada sobre a prisão de Enes e que de acordo com a lei, é direito dele ter a presença de um representante da ordem no momento da prisão. A seccional goiana disse que vai apurar e acompanhar o caso.

Denúncia

O caso foi descoberto após um familiar do advogado procurar a delegacia no último dia 7 para denunciá-lo. “Ele [Enes] tinha intenção de destruir os processos criminais que tramitavam na comarca de Itapaci. Ele respondia a processos por tentativa de homicídio, coação, desacato, ameaça, então a intenção dele era destruir esses processos”, disse o delegado Matheus Melo, responsável pelas investigações.

Vigilante amarrado

O incêndio aconteceu no dia 9 de agosto de 2017, segundo a Polícia Civil. Duas salas foram atingidas pelas chamas. O vigilante do local foi amarrado e deixado próximo ao prédio. No momento em que o fogo começou, um caminhão-pipa da prefeitura da cidade que regava as plantas nas ruas passava pelo local e atuou no combate às chamas até a chegada do Corpo de Bombeiros.

Provas

As provas relacionadas ao processo criminal dele não foram atingidas, mas outros processos foram destruídos. A intenção primordial dele foi frustrada”, disse o delegado.

Genro foi preso

Além de Enes, o genro dele, Paulo Henrique Braga, foi preso suspeito de participação do crime. Um terceiro familiar está foragido. Já o quarto envolvido, que fez a denúncia à polícia, não foi preso porque está colaborando com as investigações. Ele confirmou que o advogado seria o responsável por planejar e ajudar a executar o crime e também apontou os outros dois familiares envolvidos.

Os suspeitos vão responder por provocar incêndio, inutilização de documentos, roubo e tentativa de homicídio.

Ao tomar conhecimento da denúncia, o advogado teria fugido para Anápolis. Na terça-feira, se apresentou diante do delegado, ocasião em que foi cumprido o mandado de prisão temporária contra ele. A Polícia Civil trabalha para localizar o último foragido e concluir o inquérito policial.

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