Caças da Rússia interceptaram nesta terça-feira (13) um F-18 da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), que tentou se aproximar do avião em que viajava o ministro da Defesa da Rússia, Serguei Shoigu, durante sobrevoo nas águas neutras do Mar Báltico.
A informação foi divulgada pelo Ministério da Defesa russo através de um vídeo, em que as aeronaves da Força Aérea russa solicitam que o F-18, aparentemente, com bandeira da Espanha, inicie a manobra de afastamento do avião de Shoigu, que viajava de Kaliningrado para Moscou.
“Veja, esse é o número do capacete”, diz uma voz em russo no vídeo, de menos de 30s de duração.
Em junho de 2017, outra caça da Aliança Atlântica já tentou se aproximar perigosamente ao avião de Shoigu sobre as águas do Báltico, embora naquela ocasião se tratasse de um F-16 das Forças Aéreas polonesas, segundo informações da agência de notícias “Interfax”.
O ministro da Defesa já havia advertido sobre os riscos do aumento dos voos dos aviões de guerra perto das fronteiras russas e do perigo representado por “provocações e incidentes militares”.
Expulsão de diplomata
Um diplomata do Consulado Geral da Ucrânia em São Petersburgo foi expulso da Rússia como uma resposta recíproca às ações de Kiev contra um diplomata russo, que ocorreu em maio.
“Em maio de 2019, os serviços de segurança ucranianos criaram uma provocação, declarando como persona non grata um diplomata do Consulado Geral da Rússia em Lviv sem nenhum motivo. Kiev não apresentou provas de qualquer atividade ilegal conduzida por nosso diplomata que fosse além do cumprimento de suas obrigações profissionais relacionadas ao trabalho da missão consular “, informou o Ministério das Relações Exteriores da Rússia nesta terça-feira (13) em comunicado.
“Em resposta a um movimento tão hostil e infundado por parte de Kiev, o lado russo foi forçado a declarar, numa base recíproca, um diplomata do Consulado Geral da Ucrânia em São Petersburgo como persona non grata”, acrescenta a nota.
As relações entre Rússia e Ucrânia deterioraram-se a partir de 2014, depois que a Crimeia se separou da Ucrânia e foi reintegrada à Rússia após o resultado de um referendo.
Além disso, Kiev acusa Moscou de interferir nos assuntos internos e apoiar as forças contrárias ao governo no Leste da Ucrânia. O Kremlin nega qualquer envolvimento na crise ucraniana.