Domingo, 12 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 2 de setembro de 2019
Às 20h desta terça-feira, os mais de 100 alunos da Orquestra Jovem do Rio Grande do Sul estarão no palco do salão principal da Sogipa (Sociedade Ginástica de Porto Alegre) para celebrar o aniversário de uma décadas do projeto, destinado à inclusão social por meio da música. O espetáculo destaca várias participações especiais.
A entrada é franca, com retirada de ingressos na secretaria do clube, localizado na rua Barão de Cotegipe nº 415 (bairro São João), Zona Norte da capital gaúcha. Também é possível retirá-las no Café do Porto – rua Padre Chagas nº 293 (bairro Moinhos de Vento).
“Quando pensou nesse grande evento para celebrar os dez anos da orquestra que ajudou a fundar, o maestro Telmo Jaconi resolveu fazer um passeio musical pelo mundo”, ressalta o texto de divulgação. “Será um momento muito especial.”
O início terá “Cânone em Ré Maior”, do compositor alemão Johann Pachelbel (1653-1706), primeira obra apresentada pelo grupo no Theatro São Pedro, em 2009. A segunda peça, por sua vez, promete mostrar no “Bolero” do francês Maurice Ravel (1875-1937) a recente evolução sinfônica da Orquestra Jovem, com a incorporação dos instrumentos de sopro.
Já a sequência do primeiro bloco terá autores mais contemporâneos, como “Un Vestido Y Un Amor” do argentino Fito Paez e “La Vie En Rose”, de Edith Piaf (1915-1963). Logo depois é a vez do repertório nacional, com “Onde Quer Que Eu Vá, do trio Paralamas do Sucesso, e “Pode Vir Quente Que Eu Estou Fervendo”, de Erasmo Carlos.
O acordeonista e compositor gaúcho Renato Borghetti acompanhará as crianças e adolescentes no terceiro bloco, dedicado às músicas regionalistas. Além dele, estão previstas as participações dos corais da Amrigs (Associação Médica do Rio Grande do Sul), Centro Cultural 25 de Julho e da própria Sogipa.
“Será uma noite linda, onde o público poderá aplaudir os três grupos da Orquestra: os iniciantes, que entraram agora em agosto, os intermediários e os avançados. Isso sem falar dos nossos convidados especiais, que vão abrilhantar ainda mais esse momento de emoção”, diz o maestro Telmo Jaconi.
A presidente da Associação Orquestra Jovem do Rio Grande do Sul, Carla Zitto, salienta a oportunidade de um primeiro contato com a música para mais de mil estudantes carentes de Porto Alegre e Região Metropolitana, nesses dez anos, por meio do projeto: “E não é só isso, pois ajudamos a melhorar a autoestima de cada um que passou por aqui e provamos que eles são capazes de realizar os seus sonhos”.
Trajetória
A Orquestra Jovem do Rio Grande do Sul nasceu em 2009, a partir da iniciativa da Secretaria de Estado da Justiça e do Desenvolvimento Social em parceria com o Banrisul e Famurs (Federação das Associações de Municípios do Estado). No ano seguinte, foi criada a ONG (organização não governamental) Associação Orquestra Jovem do Rio Grande do Sul.
“Nestes dez anos de trabalho, proporcionamos a inclusão social de jovens através da música”, salienta a instituição. Alunos da rede pública de ensino, na faixa etária de 10 a 24 anos, formam o público-alvo. Eles recebem um auxílio mensal e os maiores de 14 anos são inseridos no programa “Jovem Aprendiz”, em parceria com colégio Pão dos Pobres, de Porto Alegre.
Desde o início de 2017, o grupo realiza o sonho de se tornar uma orquestra sinfônica. Em 2016, a LIC (Lei de Incentivo à Cultura) do Rio Grande do Sul aprovou o projeto “Orquestra Jovem do Rio Grande do Sul: Evolução Sinfônica”, viabilizando a aquisição de instrumentos de sopro e a contratação de novos professores.
Em 2016, o projeto realizou uma turnê pelo Uruguai e no ano passado foi convidado a participar do Festival de Inverno de Campos de Jordão (SP), maior festival de orquestras da América Latina.
A sustentabilidade da Orquestra, assim como sua expansão e crescimento, é feita a partir do apoio dos sócios, leis de incentivo, empresas patrocinadoras, parcerias com instituições públicas e através de doações de pessoas físicas. Mais informações em www.orquestrajovemrs.com.br.
(Marcello Campos)