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Um em cada cinco pacientes avaliados na ação do Dezembro Laranja teve câncer de pele diagnosticado

As altas temperaturas são convidativas para o banho de mar, praia e diversão nos parques. Porém, todos esses momentos de lazer devem ser acompanhados de muita prudência. O alerta é da Sociedade Brasileira de Dermatologia – Secção RS.

– Todas as pessoas precisam se cuidar, mas quem tem pele clara ou histórico familiar de câncer de pele precisa ter uma atenção maior. Lesões na pele que não curam ou sangram facilmente, verrugas que crescem muito rápido e lesões escuras que aumentam de tamanho ou modificam-se rapidamente precisam ser avaliadas pelo dermatologista – afirma a presidente da SBD-RS, Dra. Taciana Dal’Forno Dini.

O balanço do mutirão realizado durante o Dezembro Laranja trouxe números preocupantes em relação a doença. Segundo o levantamento feito com os pacientes atendidos em todo o Rio Grande do Sul, 17,11% tiveram câncer de pele diagnosticado, considerando os três tipos: Câncer de Pele Basocelular, Câncer de Pele Espinocelular e Melanoma. A exposição excessiva ao sol é a principal causa da doença.

– O câncer de pele representa um terço dos cânceres existentes entre a população. No Rio Grande do Sul, por termos características genéticas de pele mais clara a incidência é maior. Atuamos sempre na prevenção e no diagnóstico precoce. Existe o câncer de pele chamado carcinoma basocelular que se manifesta geralmente com uma lesão perolada de crescimento lento e sangramento fácil. O melanoma é o menos frequente, mas o mais grave. É fundamental que seja feito o diagnóstico precoce para a melhora no prognóstico – comenta a coordenadora da Campanha Dezembro Laranja 2019, a dermatologista Dra. Louise Lovatto.

Um dado relevante, ainda considerando dados do RS, é o histórico familiar de câncer de pele. Nesse item, quase um terço dos pacientes atendidos (27,77%) relataram ter familiar com casos da doença. O maior percentual dos casos foi classificado como “outras dermatoses”, com 44,13%; Outras Pré-Neoplasias representou 22,03%. 16,04% apresentou ausência de dermatoses.

– O verão é uma estação na qual há uma grande exposição ao sol e é preciso uma conduta em relação a fotoproteção que inclui evitar a exposição entre 10h e 15h, além do uso de chapéu, roupas adequadas e óculos escuros. A radiação ultravioleta causa tanto o câncer como o envelhecimento da pele – explica a diretora da SBD-RS, Dra. Juliana Boza.

Em todo o Brasil a campanha atendeu 22.749 pessoas gratuitamente em 123 serviços de saúde do país. A ação foi realizada no primeiro sábado de dezembro (7/12), sendo diagnosticados 4.197 casos de câncer da pele. Com o lema “Um sinal pode ser câncer de pele”, a ação contínua ao longo do ano alertando a população sobre as medidas de fotoproteção, bem como a necessidade de consultar regularmente com um médico dermatologista.

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