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Brasil Um levantamento feito pela Confederação Nacional da Indústria identificou que estão em vigor ao menos 20 barreiras comerciais contra produtos brasileiros no exterior

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Para Paulo Guedes, o setor está mais preocupado com a manutenção de subsídios. (Foto: EBC)

Do pão-de-queijo à carne bovina, os produtores e empresas do Brasil enfrentam pelo menos 20 barreiras à exportação impostas por outros países no comércio internacional. O mapeamento foi feito pela CNI (Confederação Nacional da Indústria).

As barreiras são estabelecidas pelos países para dificultar a importação de produtos de outras economias. Ou podem aparecer na forma de subsídios, por meio da concessão de benefícios às empresas locais. Contra o produto brasileiro, o estudo identificou barreiras sanitárias e técnicas, cotas tarifárias e concessão de subsídio, dentre outros impedimentos.

“O Brasil é mais afetado no setor da agroindústria porque é muito competitivo”, ressalta a gerente de Política Comercial da CNI, Constanza Negri Biasutti. “Com isso, outros países estão criando normas e barreiras mais sofisticadas para conter o produto brasileiro.”

Das 20 barreiras contra o Brasil, 17 foram adotadas por economias que integram o G-20, grupo que reúne as 19 maiores economias do mundo e a União Europeia.

“Quanto mais pró-ativo for o governo brasileiro, mais chances o País tem de derrubar essas barreiras”, avalia Constanza: “Há uma necessidade de adoção de mecanismos de diálogo, pois é possível superar esse cenário nos ambientes bilaterais e multilaterais, por meio da atuação da OMC [Organizaçaõ Mundial do Comércio] e dos acordos de negociação”.

As medidas restritivas sobre aço e alumínio do Brasil adotas pelos Estados Unidos não foram incluídas no levantamento. De acordo com a CNI, o motivo é que se trata de um movimento recente e os setores ainda não levaram a questão para a entidade.

Mundo em tensão

Atualmente, a economia mundial enfrenta um período de forte tensão comercial. Os Estados Unidos anunciaram no início deste ano uma série de aumentos de tarifas de importação, desencadeando uma guerra comercial, sobretudo com a China.

A OMC já alertou que as tensões comerciais começaram a afetar a economia global. Segundo a entidade, os crescentes embates são uma ameaça ao próprio sistema de comércio internacional e as economias do G-20 precisam usar todos os meios à sua disposição para atenuar a situação.

Coalizão

Diante desse cenário, a CNI lançou a CFB (Coalizão Empresarial para Facilitação de Comércio e Barreiras). O objetivo é reduzir os obstáculos às vendas do País no mercado internacional. Na avaliação da entidade, os custos para a exportação sobem 13% por causa da burocracia aduaneira.

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