Sábado, 21 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 9 de maio de 2023
Segundo o senador Ciro Nogueira (E), "Bolsonaro é um homem muito correto, espontâneo e honesto"
Foto: Isac Nóbrega/PREx-ministro da Casa Civil no governo de Jair Bolsonaro (PL), o senador Ciro Nogueira (PP-PI) afirmou que acredita na inocência do ex-presidente da República no caso da suposta adulteração do seu cartão de vacinação.
Nogueira disse que não teme o depoimento do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro. Cid foi preso na semana passada, no âmbito da Operação Venire, da PF (Polícia Federal), que investiga a inserção de dados falsos sobre vacinação contra a Covid-19 nos sistemas do Ministério da Saúde (SI-PNI e RNDS). Bolsonaro teve seu celular apreendido na ocasião.
“O presidente não teme nada. Um homem que tem um celular que não tem nem senha não teme nada na vida. Bolsonaro é um homem muito correto, espontâneo e honesto. Eu não tenho dúvida que a sua inocência, a sua forma de ver o País, será respeitada e que tudo vai ser esclarecido, e ele sairá muito mais forte desse processo do que entrou”, afirmou Nogueira.
As inserções, conforme a PF, ocorreram entre novembro de 2021 e dezembro de 2022. Nogueira disse ainda não acreditar na inelegibilidade do aliado.
CPMI
Para o senador, a CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) do 8 de janeiro, que investigará os ataques extremistas aos Três Poderes, tem que esclarecer fatos e não encobrir ou proteger alguém.
“Que a população brasileira tenha no trabalho dos seus parlamentares o instrumento necessário para esclarecer esse fato tão difícil na história política do nosso País. Não adianta você ter maioria ou cuidar de minoria. O que conduz a CPMI são os fatos, a verdade”, declarou o parlamentar na segunda-feira (8), em entrevista à CNN.
Nogueira acrescentou não ter receio sobre os aliados de Bolsonaro que estão na mira da investigação, justificando que “quem tiver culpa que pague pelos seus pecados e omissões”. “Não estaremos lá para proteger ninguém, é para esclarecer os fatos”, destacou.
Sobre a presidência e relatoria do colegiado, o senador disse que o ideal é ter “pessoas independentes, que não vão lá ou para acusar sem provas ou para defender o indefensável”.
“Ter maioria ou minoria é legítimo de qualquer um dos lados. O que não pode acontecer são manobras regimentais para tirar o direito da oposição, como está acontecendo. Mas temos uma expectativa enorme que as pessoas que vão para a CPMI vão no intuito de esclarecer os fatos que a população precisa”, concluiu.