Sexta-feira, 25 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 14 de junho de 2017
Presas suspeitas de furtar desodorantes em um supermercado de Boa Vista, em Roraima, três venezuelanas foram soltas durante audiência de custódia realizada esta semana.
Na decisão, o juiz Antônio Martins, que optou pela soltura das estrangeiras, alegou que “a questão deve ser vista principalmente sob a ótica dos princípios humanitários” e que seria razoável a imposição de medidas cautelares no caso.
As três mulheres foram presas na segunda-feira (12) e autuadas em flagrante por furto após pegarem produtos que somavam 481 reais de um supermercado no Centro de Boa Vista e fugir. No momento da prisão, elas disseram aos PMs (policiais militares) que iriam vender os itens para comprar comida.
Conforme a PM (Polícia Militar), o gerente do supermercado foi quem flagrou as três por meio da sala de monitoramento e viu duas delas escondendo os produtos enquanto a outra dava “cobertura”. Ao todo, elas furtaram 20 desodorantes, nove cremes dentais e outros produtos.
De acordo com a ata da audiência de custódia, as venezuelanas com idades entre 29 e 35 anos são recém-chegadas ao País e cometeram o furto sem violência ou grave ameaça, crime que possui pena máxima inferior a quatro anos. Todas foram representadas pela defensoria pública.
Assim, o juiz optou por liberar as suspeitas impondo medidas cautelares que incluem a ida delas para o abrigo de venezuelanos, comparecimento mensal ao fórum criminal onde o processo correrá, não saírem de Boa Vista sem autorização judicial, recolherem-se entre 21h e 6h, além de absterem-se de entrar em estabelecimentos comerciais, salvo se forem fazer compras.
Ainda conforme a decisão, as três suspeitas responderão ao processo em liberdade, porém podem ter a prisão preventiva decretada em caso de descumprimento das medidas cautelares.
Por fim, o juiz determinou anda que o consulado da Venezuela seja informado da prisão, bem como a Polícia Federal para que sejam tomadas as devidas providências.