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Um presidente para (ou de) todos

Se a dificuldade dos democratas era apenas a desconfiança sobre a saúde e o vigor de Biden, a realidade se tornou ainda mais sombria. (Foto: Getty Images)

A campanha eleitoral presidencial nos Estados Unidos mobiliza todo o mundo, na medida em que pelo seu destacado nível de PIB( Produto Interno Bruto), transita entre 45 e 50 trilhões de dólares. E também levando em conta a sua liderança na capacidade política e seu destaque na articulação bélica, tudo isso somado, por si, constitui um acervo que costumeiramente vem da universidade. Que o habilita como país fornecedor do maior número de distinguidos no saber científico e no produzir econômico. Por causa disso também são os mais numerosos bem titulados graças a seriedade da titulação curricular vencedora do respeitado Prêmio Nobel.

Sendo um país presidencialista, o destaque e o espaço reservados ao presidente estrategista, ao titular da Casa Branca, fez com que sua memória política e sua posição cuidadosa, maior ou menor aberta para o relacionamento com a União Europeia. Sem oferta de preferencialidade para os produtos nacionais (dos Estados Unidos)mas com a firme defesa dos seus produtos nacionais, na relação firme voltando para a Rússia de Putin uma evidente desconfiança. Tudo permitiu que o mundo inteiro soubesse quais eram o perfil e o conteúdo administrativo do número 1 em Washington aspirante a reeleição.

Por isso, criou-se um evidente quadro de informações e deformações, no momento em que Biden viabilizou, ainda que discretamente um comentário, que dele merecia rejeição, fazendo circular uma fake news (notícia mentirosa), isto é: negou que tivesse dado curso a uma informação que o ligava a uma possibilidade de renúncia da candidatura.

Como parece evidente, aproveitadores políticos (claramente adversários) esmeraram-se a jogar sobre as costas do presidente toda a sorte de suspeitas, ilações e fragilidades, fazendo circular em um dos grandes jornais americanos o que era um boato e eles apresentaram como notícia.

Criou-se como desejavam os especuladores, sem ideologia, um quadro negativo para que se respeitasse o tradicional modelo democrático da política americana.

O que passou a acontecer é que alguém como eu, de 84 anos, se constatar que nos Estados Unidos apesar de todos os seus poderes e virtudes, há uma malévola e articulada criminosamente tendência de condenar os idosos. A maior parte das restrições a reeleição de Biden está ligado ao fato de que tem 81 anos e, ganhando, exerceria seu mandato até os 85. Einstein, o gênio da física e da matemática morreu com mais de 90. E eu faço a maior força e tenho a maior esperança de vencer Einstein nem que seja por um dia. Quem puder e quiser me ajudar nessa empreitada, já deixo aqui meus agradecimentos prometendo estar futuramente a disposição dos amigos no mundo da bem aventurança.

Carlos Alberto Chiarelli foi ministro da Educação e da Integração Internacional (e-mails para carolchiarelli@hotmail.com)

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