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Política Avança na Câmara dos Deputados a proposta de proibir o uso de armas de fogo em serviço pelos seguranças do presidente Lula e de seus ministros

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A proposta foi aprovada na Comissão de Segurança da Câmara, por 15 votos favoráveis, oito contra e uma abstenção.

Foto: José Cruz/Agência Brasil
No histórico do presidente, pesam também frases em que ele relativizou a violência doméstica e fez comparação machista entre "mulheres" e "amantes". (Foto: José Cruz/Agência Brasil)

Avançou na Câmara dos Deputados uma proposta que proíbe os seguranças do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e de todos os seus ministros a usarem armas de fogo para trabalhar. O projeto foi aprovado na última terça (8) na Comissão de Segurança da Câmara, por 15 votos favoráveis, oito contra e uma abstenção.

O texto ainda precisa passar pelas comissões de Administração e Serviço Público, e de Constituição e Justiça e de Cidadania, para apreciação e votação. Por ter “caráter conclusivo”, não será preciso que o plenário da Câmara vote o projeto: se as comissões o aprovaram, ele segue para a Casa revisora, neste caso, o Senado Federal.

Uma vez aprovado pelos senadores, vai para sanção presidencial, momento em que Lula pode transformar o projeto em lei, ou vetá-lo parcial ou integralmente.

O presidente foi pessoalmente atacado durante a discussão da proposta que mira o afrouxamento de sua segurança. O relator do projeto, deputado Gilvan da Federal (PL-ES), disse que deseja a morte do chefe do Executivo. “Eu quero mais que Lula morra, eu quero que ele vá para o quinto dos infernos. Eu quero mais que ele morra, e que (os seguranças dele) andem desarmados.”

O deputado defende que a segurança de Lula e do primeiro escalão do governo “se adeque à realidade imposta pelos mesmos ao cidadão comum”.

Pela declaração, Gilvan pode ser alvo de uma investigação da Polícia Federal (PF), a pedido da Advocacia-Geral da União (AGU). Parlamentares do PT também solicitaram à Procuradoria-Geral da República (PGR) que o colega seja investigado.

Delegado Caveira (PL-PA), autor da proposta, disse acreditar que a atuação dos agentes deve “estar de acordo com a ideologia do atual mandatário, que não vê nas armas de fogo algo benéfico para a sociedade”.

Após a repercussão ruim da fala, Gilvan pediu a palavra em plenário para se retratar. Disse que “exagerou” e que estava “reconhecendo o seu erro”.

“Aprendi com meu pai que um homem deve reconhecer os seus erros. Ontem [terça-feira (8)], na Comissão de Segurança Pública, estávamos debatendo um projeto para desarmar os seguranças do descondenado Lula, e eu disse que, se ele tivesse um infarto ou uma taquicardia e morresse, eu não ia ficar triste”.

“Um cristão não deve desejar a morte de ninguém. Então, eu não desejo a morte de qualquer pessoa. Continuo entendendo que Luiz Inácio Lula da Silva deveria estar preso e pagar por seus crimes e por tudo o que fez de mal ao nosso país. Mas reconheço que exagerei na minha fala”, concluiu Gilvan.

Senadores do partido de Gilvan criticaram a fala do deputado. O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), disse que o pai já foi alvo de falas com o mesmo teor e chamou atitudes como essa de “reprováveis”.

Além disso, afirmou que essa “não é uma postura que se espera de um parlamentar que tá ali pra discutir as coisas sérias do Brasil”, afirmou Flávio.

Os senadores Omar Aziz (PSD-AM), Jorge Kajuru (PSB-GO) e Carlos Portinho (PL-RJ) também repudiaram a fala de Gilvan da Federal.

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), também comentou o caso, sem mencionar o nome do deputado do PL. Com informações dos portais g1 e O Estado de S. Paulo.

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