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Um Rio Grande mais sustentável foi tema do Fórum Cresce RS, na Casa da Rede Pampa na Expointer

Diretor Presidente da Sulgás, Antonio Rafael Pezzella. (Foto: Caroline Bicocchi/ O Sul)

Mais uma edição do Fórum Cresce RS aconteceu nesta quinta-feira (29), na Casa da Pampa, na Expointer, em Esteio. O evento, intitulado “Projeto Rio Grande Sustentável”, foi promovido pela Rede Pampa e pela Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul. No total foram sete painéis, mediados pelo comunicador da Rede Pampa, Armando Burd.

O evento também contou com a presença do governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, e do presidente da Assembleia Legislativa, deputado Luis Augusto Lara.

Um dos temas debatidos foi a “Concessão de Gás Natural visando a Expansão da Malha e Diminuição do Custo do Produto”, ministrado por Antonio Rafael Pezzella, diretor Presidente da Sulgás.

Pezzela contou que a empresa Sulgás iniciou em 1993, mas começou a operar somente em 2000. Atualmente são 1.200 km de rede, R$ 390 milhões de investimento e 55 mil clientes. De acordo com ele, o maior segmento é o industrial. Em 2019 a expectativa é fechar com mais 60 km de rede e 20% a mais de investimento em relação ao ano passado.
O volume de gás distribuído é de 2,19 milhões de metros cúbicos, com lucro líquido R$ 77 milhões. O plano é fechar 2019 com 406 milhões de investimento e 1.200 km a mais de rede. A previsão de expansão entre 2019 e 2023 é de R$ 220 milhões em investimentos e 328 km de rede. Segundo Pezzela, o objetivo é dobrar o número de clientes expandindo para a serra, região central e região  metropolitana.
O painel seguinte foi sobre as concessões ferroviárias, com Giana Custódio, gerente de Relações Governamentais da Rumo Malha Sul e Daniel Lena Souto, que abordou a avaliação sobre as ferrovias. Está no cronograma da Rumos, que opera a rede desde 2015, retomar a norte/sul até São Paulo. “O Governo tem que se empenhar para que se encontre uma solução para Chapecó/Rio Grande para uma ferrovia moderna e ampla como a que está sendo feita na norte/sul”, comenta Souto.
“Havia sangria no setor quando Rumos assumiu em 2015. Agora, temos R$ 2 milhões em investimentos, vagões e trens melhores e mais velozes. Existem dificuldades locais de ferrovias passando por cidades, barulho para a população, mas a Rumo está aberta para ouvir sugestões para que possa oferecer serviços melhores”, disse Giana Custódio.
Outro tema debatido foram as concessões rodoviárias e o apoio ao avanço e expansão da geração de energias renováveis (Eólica, solar e biomassa). Quem falou sobre o assunto foi Bruno Vanuzzi, secretário extraordinário de Parcerias do RS, e Humberto Busnello, presidente do Conselho da Agenda 2020.

Da esquerda para a direita: Humberto Busnello, presidente do Conselho da Agenda 2020, e Bruno Vanuzzi, secretário Extraordinário de Parcerias do RS.
(Foto: Caroline Bicocchi/O Sul)

“Estamos rodeados de concessões na luz, energia, ônibus, táxis, rádios e TVs. Podem ser executadas pelo poder público ou privado, mas quero falar de infraestrutura que pode ser econômica ou social”, destacou Busnello. Na econômica, segundo ele, o importante é conceder a iniciativa privada em rodovias e ferrovias para que prestem um bom serviço com lucro.
“O alto custo da logística chega a 22% do PIB em 2018 e é a sociedade que paga. Para cada R$ 1 real gasto em saneamento, se economiza R$ 4 em saúde. Temos projetos estruturantes em andamento, em energia, por exemplo, entre outros que vão para a iniciativa privada. Sou otimista no RS e no Brasil”,  comentou Busnello.

O último painel da noite teve como tema o “Apoio ao Avanço e Expansão da Geração de Energias Renováveis (Eólica, Solar, Biomassa)”, com Artur Lemos, secretário do Meio Ambiente e Infraestrutura do RS, e Ernani Polo, deputado estadual.

Artur Lemos falou da importância da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) nos momentos atuais e que ela está muito próxima do empreendedor, fazendo a gestão de conhecimento. Além disso, falou sobre aspectos técnicos da biomassa. Segundo Lemos, a energia eólica hoje, representa 17%. “Temos que ter olhos para exportar biomassa para China e países que necessitam reduzir o uso de combustíveis fósseis”, completou.
“Temos que servir de exemplo para o mundo. Vamos exportar biomassa e transformar isto em política pública. No entanto, não podemos esquecer da nossa matriz energética renovável que é de 83%. Ainda seremos dependentes disso, mas é preciso diálogo com a sociedade para resolver estas questões”, concluiu Lemos.
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