Terça-feira, 29 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 9 de janeiro de 2018
Um sofisticado e caro satélite espião americano presumivelmente sofreu perda total depois de não alcançar a órbita no topo de um foguete da Space Exploration Technologies (SpaceX) no domingo, de acordo com funcionários da indústria e do governo.
Legisladores e funcionários do Senado e da Câmara foram informados sobre a missão mal-sucedida, disseram algumas fontes. A carga secreta – chamada pelo código Zuma e lançada da Flórida a bordo de um foguete Falcon 9 – teria voltado à atmosfera da Terra, disseram as fontes, por não ter conseguido se separar da parte superior do foguete conforme planejado.
Uma vez que o satélite se separa do foguete, seu motor dispara e a trajetória própria se inicia. Se o satélite não se desprender corretamente ou se ficar danificado após a liberação, ele pode ser arrastado de volta para a Terra.
A falta de detalhes sobre o que ocorreu significa que alguma das sequências possíveis de eventos pode ter dado errado, provocando a perda do satélite.
Para o SpaceX, um provedor de lançamento confiável e de baixo custo para o Pentágono, o fracasso da missão ocorre numa conjuntura importante. A empresa está competindo por mais lançamentos de segurança nacional contra seu principal rival, uma joint venture entre a Boeing e a Lockheed Martin.
A partir de segunda-feira à noite, quase 24 horas após o lançamento, a incerteza cercou a missão e o destino do satélite, que algumas autoridades da indústria estimaram ter um preço na casa de bilhões de dólares. O Comando Estratégico do Pentágono, que acompanha todos os satélites comerciais, científicos e de segurança nacional, juntamente com os restos espaciais, não atualizou seu catálogo de objetos para refletir um novo satélite a circular o planeta.
Nem a Northrop Grumman Corp., que construiu o satélite, nem a SpaceX, como a empresa de transporte espacial de Elon Musk é chamada, divulgou informações sobre o que aconteceu.
Um porta voz de Northrop Grumman disse: “Não podemos comentar sobre missões classificadas”.
Um porta voz da SpaceX disse: “Não comentamos as missões desta natureza, mas, no momento, as revisões dos dados indicam que Falcon 9 está nominalmente em operação”. Essa terminologia geralmente indica que os motores do foguete e os sistemas de navegação operavam sem falhas. O porta-voz se recusou a dar mais detalhes.
Astronauta cresceu no espaço
O japonês Norishige Kanai cresceu nove centímetros durante sua estadia na EEI (Estação Espacial Internacional) devido à imponderabilidade, de acordo com um post feito pelo astronauta nesta terça-feira no Twitter.
“Hoje tenho uma notícia importante. Passei no exame médico com medição dos parâmetros físicos e acontece que a minha estatura aumentou em 9 centímetros. Assim cresci em três semanas”, escreveu Kanai, que chegou à EEI em 19 de dezembro a bordo da nave pilotada russa Soyuz.
O astronauta japonês, de 41 anos, lembrou que não crescia desta forma desde a adolescência.
“Isto não acontecia desde os tempos de ensino secundário. Agora estou preocupado se vou caber no assento da nave espacial Soyuz”, acrescentou, citado pela agência russa “TASS”.
O cirurgião russo Vladimir Joroshev disse à “RIA Novosti” que a drástica mudança da estatura “é fácil de explicar”.
“O tecido cartilaginoso se modifica em condições de falta de peso. A nossa coluna espinhal é composta não só por vértebras, que são um tecido ósseo, mas também pelos discos intervertebrais, que são tecido cartilaginoso”, explicou o cirurgião.
Esse tecido cartilaginoso é muito flexível e suscetível de sofrer mudanças, a diferença dos ossos, que permanecem impassíveis em condições de imponderabilidade.
“Quando a carga sobre a coluna vertebral se reduz em dezenas de vezes em condições de imponderabilidade, o tecido cartilaginoso dos discos intervertebrais se alarga, o que leva ao aumento do comprimento do corpo”, concluiu Joroshev.
Kanai, engenheiro a bordo em sua primeira missão espacial, chegou à EEI junto ao russo Anton Shkaplerov e o americano Scott Tingle.
Os três astronautas, que permanecerão no espaço cerca de meio ano, se somaram ao russo Alexandr Misurkin e os americanos Mark Vande Hei e Joseph Acaba, que estão na EEI desde setembro.
A EEI, um projeto de mais de US$ 150 bilhões no qual participam 16 nações, atualmente está integrada por 14 módulos permanentes e orbita a uma velocidade de mais de 27 mil quilômetros por hora a uma distância de 400 quilômetros da Terra.