Nesta quarta-feira (13), uma equipe da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Porto Alegre fará nova aplicação de inseticida em cinco ruas do bairro Restinga (Zona Sul). A operação tem por objetivo conter a infestação do mosquito transmissor da dengue em um dos perímetros urbanos de maior incidência da doença na capital gaúcha ao longo dos últimos meses.
Serão percorridas as mesma vias da semana passada (7): Meridional, Coliseu, Martinica, Baltimore e Rua 7.114, parcialmente ou em sua totalidade, bem como suas imediações. O início do trabalho está marcado para as 9h. A ocasião marcou o primeiro bloqueio químico realizado pela prefeitura contra o Aedes aegypti neste ano.
As pulverizações são feitas a partir de avaliação técnica da Diretoria de Vigilância em Saúde (DVS), que coordena o trabalho de campo, e têm o objetivo de interromper ou diminuir a transmissão viral em regiões com transmissão viral confirmada. A SMS não realiza atividades de desinsetização ou de controle de mosquitos na cidade.
Em paralelo, técnicos da Unidade de Vigilância Ambiental da SMS realizarão sobrevoos com drone em diferentes pontos da Zona Sul, a fim de identificar criadouros do inseto-vetor. A atividade – também durante a manhã – atende a pedidos da própria comunidade por meio do do serviço 156.
Situação
Porto Alegre acumula desde janeiro cerca de 600 casos confirmados de dengue, a maioria contraídos na própria cidade, de acordo com estatística divulgada semanalmente.
As ocorrências abrangem 78 bairros, com destaque para Restinga, São João, Partenon, Sarandi, Higienópolis, Bom Jesus, Cristal, Passo D’Areia, Centro Histórico e Cavalhada. A boa notícia é que nenhuma dessas ocorrências resultou em óbito.
Em relação à presença do mosquito transmissor, nos últimos dias têm sido constatada a permanência de altos índices de infestação em 43 de 46 bairros monitorados pela Secretaria da Saúde por meio de armadilhas especiais. Esses e outros detalhes são divulgados em ondeestaoaedes.com.br.
Sintomas
– febre alta (39°C a 40°C), com duração de dois a sete dias.
– dor retro-orbital (atrás dos olhos).
– dor de cabeça.
– dor no corpo.
– dor nas articulações.
– mal-estar geral.
– náusea.
– vômito.
– diarreia.
– manchas vermelhas na pele (com ou sem coceira).
As autoridades estaduais reforçam a importância de se procurar atendimento nos serviços de saúde assim que surgirem os primeiros sintomas. Com isso, evita-se o agravamento da doença e uma possível evolução para óbito.
Medidas preventivas contra a proliferação do mosquito-vetor também são fundamentais. É o caso da eliminação de focos de água parada, a fim de cortar o ciclo de vida do inseto já na fase de larva. O uso de repelente também é recomendado para maior proteção individual contra a picada.
(Marcello Campos)