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Uma em cada cinco pessoas tem anticorpos para o coronavírus no Rio Grande do Sul, aponta pesquisa

A Sociedade Brasileira de Imunizações não recomenda a realização desses exames. (Foto: Daniela Xu/UFPel)

A proporção de pessoas com anticorpos para o coronavírus na população gaúcha quase dobrou no intervalo de um mês, de acordo com os dados mais recentes da pesquisa Epicovid19-RS (Evolução da Prevalência de Infecção por Covid-19 no Rio Grande do Sul).

A nova etapa do levantamento, realizada entre os dias 9 e 12 de abril, estima que 2 milhões de habitantes têm anticorpos para o coronavírus no Estado. No levantamento anterior, realizado de 5 a 8 de fevereiro, esse número era de 1,13 milhão.

Os resultados mostram que a prevalência de infecção pela Covid-19 aumentou de 10% para 18,1% entre as duas últimas fases de coleta de dados da pesquisa. De acordo com as mais recentes estimativas, a proporção é de uma pessoa com anticorpos para coronavírus a cada 5,5 moradores do RS.

“Este é um estudo de extrema importância para o Estado e para o País, sendo, inclusive, o pioneiro no Brasil. O resultado da décima rodada só nos demonstra a necessidade de continuar seguindo as orientações das agências sanitárias: uso da máscara, distanciamento físico, evitar aglomerações e preferir sempre ambientes ventilados”, disse o coordenador do Comitê de Dados e secretário de Inovação, Ciência e Tecnologia do RS, Luís Lamb.

Para a coleta das informações, os pesquisadores realizaram 4,5 mil entrevistas e testes para coronavírus em nove cidades gaúchas. Desse total, 4.446 testes foram válidos e 807 tiveram resultado positivo. Cento e quatro deles foram na cidade de Uruguaiana, que apresentou 20,8% do total de testes positivos, seguida de Santa Maria, com 91 positivos (18,2%) e Ijuí, com 90 positivos (18%). Canoas teve 93 positivos (17,7%), e Santa Cruz do Sul, 88 (17,6%). Porto Alegre e Passo Fundo apresentaram 87 (17,4%) testes positivos cada. Caxias do Sul teve 85 (17%), e Pelotas, 82 (16,4%).

O estudo incluiu novas análises sobre a cobertura de vacinação entre os participantes da amostra. Do total de 4,5 mil entrevistados, 26,1% receberam a primeira dose de vacina contra o coronavírus, e 13,2% receberam a segunda. As proporções de cobertura vacinal coincidem com a priorização dos grupos mais idosos da população. A primeira dose do imunizante alcançou 94,3% dos idosos com 80 anos ou mais; 66,5% dos idosos com idades entre 60 a 79 anos; 5,9% das pessoas de 40 a 59 anos e 11% das pessoas de 20 a 39 anos.

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