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Uma ex-ministra da Venezuela vai competir na Olimpíada do Rio e disse que não vai cumprimentar Michel Temer

“Lamento porque pensava que ia passar pelo estádio e iria saudar a Dilma. Mas agora há um golpista.”, (Foto: Reprodução)

Uma das atletas mais influentes da Venezuela, a esgrimista Alejandra Benitez, 36 anos, está no Rio para disputar sua quarta Olimpíada e também para defender suas posições como “política, mulher e de esquerda”. Ex-ministra do Esporte (entre 2013 e 2014) no governo de Nicolás Maduro e deputada pelo Partido Socialista Unido da Venezuela (de 2010 a janeiro deste ano), Alejandra está entusiasmada com os Jogos do Rio, mas prepara uma forma de protestar na cerimônia de abertura do evento, marcada para esta sexta-feira.

“É triste que não tenha havido um apoio mais contundente à companheira Dilma [Rousseff]. E, neste momento dos Jogos, não se pode fazer nada porque ela não vai estar lá na cerimônia de abertura”, disse a atleta que sempre foi ligada ao ex-presidente venezuelano Hugo Chávez, morto em 2013.

Ela disse ao jornal Folha de S.Paulo que não acenará para o presidente interino Michel Temer, que estará nas tribunas do Maracanã, durante o desfile das delegações. “Lamento porque pensava que ia passar pelo estádio e iria saudar a Dilma. Mas agora há um golpista. Eu não vou saudá-lo, por exemplo, porque é um golpista. Passarei diretamente porque ele é um golpista, e os golpistas são antidemocráticos. Eu sou pela democracia e pela justiça. Queria ver a Dilma, e não vou a saudá-lo”, afirmou.

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