A operação que a Polícia Federal deflagrou apura desvios do extinto Ministério do Trabalho. Na quinta passada, foram cumpridos dois mandados de prisão preventiva e 41 de busca e apreensão no Distrito Federal, Goiás, São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte e Rio Grande do Sul.
Além de Nogueira, também estão entre os alvos Pablo Tatim, ex-assessor de Onyx Lorenzoni na Casa Civil, e o ex-deputado federal Jovair Arantes (PTB-GO). Tatim foi exonerado há um ano, depois que a Controladoria-Geral da União publicou um relatório sobre desvios de dinheiro no Ministério do Trabalho.
Ele era integrante da equipe de transição do governo Bolsonaro.
A Operação Gaveteiro apura desvios do Ministério do Trabalho por meio da contratação de uma empresa da área de tecnologia. O objeto dessa contratação foi a aquisição de solução de tecnologia e licenças, voltadas a gerir sistemas informatizados da pasta e detectar fraudes na concessão de Seguro-Desemprego.
As investigações apontam que a contratação da empresa foi um meio usado pela Organização Criminosa para desviar, entre 2016 e 2018, mais de R$ 50 milhões de reais do órgão.
Os envolvidos responderão pelos crimes de peculato, organização criminosa, fraude à licitação, falsificação de documento particular, corrupção ativa e passiva, com penas que, se somadas, podem chegar a mais de 40 anos de prisão.
Procurado, Ronaldo Nogueira afirmou desconhecer sobre uma eventual intenção do governo de trocá-lo e disse ainda que se reunirá com seu advogado nesta terça-feira para decidir se permanecerá, por iniciativa própria, a frente da Funasa.