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Brasil Uma investigação que mira um ex-ministro teve mais de cem quebras de sigilo bancário

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O objetivo do trabalho, diz a pasta, foi desburocratizar e simplificar a chamada "legislação trabalhista infralegal". (Foto: Reprodução/Google Street View)

As investigações da Operação Gaveteiro, que na semana passada mirou Ronaldo Nogueira, presidente da Funasa e ex-ministro do Trabalho, contabilizaram pelo menos 100 quebras de sigilo bancário.

Foram abertos os dados bancários de 101 indivíduos, entre pessoas e empresas.

Entre as pessoas físicas estavam Nogueira, presidente da Funasa e ex-ministro do Trabalho, e o ex-deputado federal Jovair Arantes, ambos do PTB.

Além de escritórios de advocacia, uma empresa de vinho foi alvo da quebra de sigilo.

Segundo as investigações, essa empresa tinha vínculos com servidores do Ministério do Trabalho e teria atuado em favor da empresa B2T.

A Operação Gaveteiro investigou desvios na contratação da empresa pelo ministério no valor de R$ 50 milhões.

Substituto

O governo federal busca um nome para substituir o presidente da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), Ronaldo Nogueira, alvo da Operação Gaveteiro, da Polícia Federal, na quinta-feira da semana passada. No governo, a avaliação é de que ficou insustentável a permanência de Nogueira no cargo. Evangélico, o ex-deputado federal Ronaldo Nogueira (PTB-RS) foi alçado ao comando da Funasa com o apoio da bancada religiosa na Câmara. Ele tem apoio da Convenção dos Pastores e Igrejas Evangélicas Assembleia de Deus do Rio Grande do Sul.

Em 2016, quando ainda tinha mandato de deputado federal, assumiu o Ministério do Trabalho no governo de Michel Temer. Sua passagem no Trabalho ficou conhecida pela aprovação da reforma trabalhista no Congresso e também por polêmicas alterações nas regras de fiscalização do trabalho escravo.

A operação que a Polícia Federal deflagrou apura desvios do extinto Ministério do Trabalho. Na quinta passada, foram cumpridos dois mandados de prisão preventiva e 41 de busca e apreensão no Distrito Federal, Goiás, São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte e Rio Grande do Sul.

Além de Nogueira, também estão entre os alvos Pablo Tatim, ex-assessor de Onyx Lorenzoni na Casa Civil, e o ex-deputado federal Jovair Arantes (PTB-GO). Tatim foi exonerado há um ano, depois que a Controladoria-Geral da União publicou um relatório sobre desvios de dinheiro no Ministério do Trabalho.

Ele era integrante da equipe de transição do governo Bolsonaro.

A Operação Gaveteiro apura desvios do Ministério do Trabalho por meio da contratação de uma empresa da área de tecnologia. O objeto dessa contratação foi a aquisição de solução de tecnologia e licenças, voltadas a gerir sistemas informatizados da pasta e detectar fraudes na concessão de Seguro-Desemprego.

As investigações apontam que a contratação da empresa foi um meio usado pela Organização Criminosa para desviar, entre 2016 e 2018, mais de R$ 50 milhões de reais do órgão.

Além das prisões e buscas, a Justiça Federal também determinou o bloqueio do valor aproximado de R$ 76 milhões nas contas dos investigados. Foram concedidas ainda medidas cautelares proibindo os investigados de se ausentar do país.

Os envolvidos responderão pelos crimes de peculato, organização criminosa, fraude à licitação, falsificação de documento particular, corrupção ativa e passiva, com penas que, se somadas, podem chegar a mais de 40 anos de prisão.

Procurado, Ronaldo Nogueira afirmou desconhecer sobre uma eventual intenção do governo de trocá-lo e disse ainda que se reunirá com seu advogado nesta terça-feira para decidir se permanecerá, por iniciativa própria, a frente da Funasa.

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