Segunda-feira, 23 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 25 de novembro de 2018
Uma menina de 9 anos morreu no sábado após ser picada por um escorpião no quintal de casa, na zona rural de Bariri, no interior de São Paulo. Conforme os familiares, a criança estava brincando quando pisou no aracnídeo, sendo picada no pé.
A menina foi levada para a Santa Casa de Bariri, onde foi medicada com seis ampolas de soro contra o veneno, mas não teve melhora. Ela foi transferida para a Santa Casa de Jaú, também no interior paulista, mas não resistiu.
O hospital de Bariri informou que a menina deu entrada com o veneno já atuando fortemente no organismo. Ela chegou a ter sete paradas cardíacas, antes de acontecer o óbito. O caso foi a oitava morte de criança no interior de São Paulo causada por picada de escorpião nos últimos meses. Um dos casos mais recentes, no fim de outubro, resultou na morte de uma menina de 4 anos em Ourinhos.
Porto Alegre
Porto Alegre tem registrado de forma crescente visualizações do animal, especialmente em três áreas da cidade: Lomba do Pinheiro, bairro Anchieta e ruas do Centro Histórico. Em 2018, foram 80 registros de visualização do animal. Em 2017, 15.
Os casos de acidentes, no entanto, têm apresentado queda: Em 2016 foram três picadas; em 2017, cinco; em 2018, um jovem adulto foi picado pelo animal. Não há registro de mortes em decorrência de picada do escorpião amarelo na cidade, nem no Estado.
Devido a recente circulação de informações sobre a proliferação do escorpião amarelo na capital gaúcha, a Secretaria Municipal da Saúde esclareceu neste mês de novembro que não havia razão para pânico ou alarme.
Conforme a prefeitura, o escorpião amarelo não é um animal considerado nativo do Rio Grande do Sul. Já o escorpião preto é comum no Rio Grande do Sul e em Porto Alegre, mas o veneno dele não é perigoso. A picada do escorpião preto dói, mas não é fatal.
Desde as primeiras visualizações do escorpião amarelo, em 2001, a proliferação do artrópode fez com que ele seja considerado domiciliado em nossa cidade e no Estado. Isso quer dizer que não é possível exterminá-lo. É importante saber, que ele está presente na cidade, é possível que seja visto e o que deve ser feito ao localizá-lo.
O município orientou que em caso de visualização, se possível, o animal deve ser recolhido e encaminhado à Vigilância em Saúde. A captura somente deve ser feita com objeto longo, como pinças. Se for possível matá-lo, utilize utensílios rígidos. Não pise com chinelos.
O uso de inseticida doméstico não é indicado. Em situações específicas, empresas de controle de pragas podem ser consultadas e contratadas.
A picada do escorpião amarelo pode ser fatal especialmente para crianças e pessoas com peso baixo e pouca imunidade.
Dos acidentes registrados em Porto Alegre, uma minoria (cerca de 7%) das vítimas necessitou soro, disponível apenas no Hospital de Pronto Socorro. Em caso de ataque do escorpião, as vítimas devem ser encaminhadas ao HPS, local com profissionais capacitados para o atendimento. O paciente permanecerá em observação o tempo necessário.
Desde 2016 a Equipe de Fiscalização Ambiental tem implementado diferentes ações junto à rede de saúde, com capacitação de médicos e enfermeiras e de agentes de combate a endemias e agentes comunitários de saúde.
Em 2018, foi iniciado programa de visitas a escolas de educação infantil para orientação de responsáveis pelos estabelecimentos e, também, informação a crianças e suas famílias.
O município alerta que o acúmulo de lixo e restos de alimentos podem atrair baratas. Então, limpeza é a maior prevenção contra o escorpião amarelo.
Em caso de visualização do escorpião, a orientação é telefonar para o número 156 da prefeitura, informando o local, nome e telefone. A Equipe de Fiscalização fará contato preliminar antes da vistoria.
Em caso de dúvidas, o Centro de Informações Toxicológicas (CIT) do RS pode ser acessado 24 horas por dia, pelo telefone 0800 721 3000.