Quarta-feira, 15 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 10 de setembro de 2015
Kelma Badeira Maia, 36 anos, diz ter sido humilhada e discriminada ao ser impedida de entrar no hospital Santa Juliana, no Acre, por causa do vestido que usava. Ela estava indo fazer uma visita à cunhada que tinha dado à luz no dia anterior, mas foi informada que não poderia entrar na unidade de saúde porque não estava com os trajes adequados. A mulher chegou a gravar um vídeo na recepção do local para denunciar o caso. A direção do hospital diz que houve mal entendido.
Humilhação.
Segundo Kelma, outras pessoas entraram normalmente no hospital usando bermudas, vestidos, saias e shorts. “Eu estava com um vestido, que não era curto, o que me deixou mais indignada ainda e fui extremamente humilhada. Me disseram que eu não estava em trajes adequados”, contou.
Ela diz ainda que foi vítima de preconceito. “Como eu tenho tatuagem no braço, o rapaz da recepção não parava de me olhar de cima a baixo. Ele achou que eu era uma marginal”, diz. A mulher diz que solicitou uma declaração para os atendentes da recepção alegando que ela não poderia entrar por conta dos trajes. “Eles simplesmente disseram que não iriam me dar e que eu não iria entrar de jeito nenhum vestida daquele jeito”, conta.
Expulsão.
A ideia de filmar a situação resultou na expulsão de Kelma do hospital. Ela conta que o atendente, inclusive, ameaçou pegar o seu celular caso ela não parasse de gravar. Revoltada, ela afirma que vai acionar judicialmente o hospital.
A reportagem esteve no Hospital Santa Juliana e um funcionário, que não quis se identificar, confirmou a proibição ao uso de vestidos dentro da unidade. Porém, não soube explicar o motivo. (AG)