Quarta-feira, 01 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 25 de julho de 2019
Após quatro meses de investigação, nessa quinta-feira a Polícia Civil gaúcha, por meio da DPCA (Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente), deflagrou em Canoas e Sapucaia do Sul (Região Metropolitana de Porto Alegre) a segunda etapa da Operação Inocência. O foco é o combate a crimes sexuais contra menores de idade.
Durante a ofensiva foram cumpridos três mandados de busca e apreensão e houve três prisões em flagrante. Também foram apreendidos um notebook, celulares, DVDs, pen-drives e outros dispositivos para armazenamento de arquivos de computador. As buscas contaram com o apoio de peritos do IGP (Instituto-Geral de Perícias), proporcionando laudos de comprovação dos crimes.
De acordo com o delegado Pablo da Rocha, a repressão aos crimes de produção, manutenção e intercâmbio de material pornográfico envolvendo crianças e adolescentes tem um caráter não apenas repressivo aos ilícitos relacionados a pornografia infantil. Ele frisa o caráter preventivo, no que se se refere às práticas de crime de estupro de vulnerável.
O titular da 2ª DPRM (Delegacia de Polícia Regional Metropolitana), Mario Souza, acrescenta o fato de que a produção de material pornográfico com esse perfil envolve uma carga enorme de danos físicas e psíquicas causadas às vítimas. “As ações prosseguirão em caráter permanente, buscando a redução dos índices e a repressão e punição dos criminosos”, sublinhou.
Desde o início da apuração dos crimes, outras pessoas já haviam sido presas, incluindo um advogado e um técnico em informática. O saldo da Operação Inocência inclui a apreensão de uma série de dispositivos para produção e manutenção de material pornográfico relativo a crianças e adolescentes.
Jogos de azar
Já em Gravataí, a 2ª Delegacia de Polícia desarticulou nesta semana uma fábrica de máquinas de jogos-de-azar. De acordo com informações do titular da DP, Gustavo Menegazzo, a diligência foi realizada partiu de denúncia anônima que apontava a atuação do estabelecimento clandestino em uma casa no bairro Bom Sucesso.
“Durante o monitoramento do local (um misto de garagem, galpão e oficina), a fim de se comprovar a prática delituosa, os policiais civis avistaram um indivíduo ingressando no imóvel portando peças utilizadas na montagem desse tipo de equipamento”, relatou Menegazzo. Diversos objetos foram apreendidos.
Detido e encaminhado à 2ª Delegacia para depoimento, o suspeito acabou liberado. Motivo: trata-se de uma infração considerada de menor potencial ofensivo pelo Código Penal brasileiro.
Ainda de acordo com o delegado, a fábrica de jogos-de-azar era monitorada por câmeras de segurança e possuía portas blindadas com chapas de aço para dificultar ações policiais. “A prática de jogos ilegais é bastante presente em Gravataí e em outros municípios da Região Metropolitana de Porto Alegre”, finalizou.
(Marcello Campos)