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Brasil Uma pesquisa mostra o quadro da desigualdade salarial entre homens e mulheres no Brasil

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A menor diferença salarial, de 6%, é na área de tecnologia. A maior, de 22%, nos setores de planejamento, comunicação e informação. (Foto: Freepik)

Uma pesquisa sobre remuneração com foco na discrepância salarial entre homens e mulheres mostra o quadro atual de discrepância salarial no País. O estudo revelou que os homens ganham entre 6% a 22% a mais do que as mulheres em todas as áreas das empresas, exceto nos departamentos de administração, jurídico e financeiro. A menor diferença, de 6%, é na área de tecnologia. A maior, de 22%, nos setores de planejamento, comunicação e informação.

A Fundação Dom Cabral fez a pesquisa sobre a condição do trabalho das mulheres em 13 das maiores empresas do País do setor de indústria e serviços, que integram a Aliança para o Empoderamento das Mulheres.  Aliança foi criada em 2011 com o intuito de desenvolver práticas corporativas que contribuam para o aumento da representação feminina nos negócios.

Participaram do levantamento: Avon, Accenture, Cummins, Dow, Ernst & Young, IBM, KPMG, Maersk Line, Onu Mulheres, PwC, Talenses, Unilever e Whirlpool. Entre os mais de 40 mil funcionários das organizações analisadas, 42% são mulheres.

Leia abaixo as principais considerações do estudo, conforme o jornal O Estado de S.Paulo:

Salário – No Brasil, a diferença salarial entre homens e mulheres chega a 22%. Na União Europeia, a Alemanha é o país que apresenta a maior disparidade, também com 22%. No Reino Unido, a diferença é de 16% e nos Estados Unidos é de 18%. Nas empresas analisadas, a disparidade é de 16%. Para cargos de direção, a variação média aumenta para 27%.

Áreas – Nas áreas administrativas e operacionais, as diferenças salariais entre os dois gêneros é, em média, de 21%. Nas áreas comerciais, no entanto, essa diferença atinge o maior percentual, de 45%. As áreas com maior participação feminina são: Recursos Humanos e Desenvolvimento Organizacional (74%), Economia, Finanças e Administração (62%) e Planejamento, Comunicação e Informação (61%). Já a área da Tecnologia da Informação (TI) é predominantemente masculina, com apenas 38% de mulheres.

Escolaridade – 78% dos homens possuem diploma de ensino superior, já a taxa de formação para as mulheres é de 69%. Aqueles com curso superior de ambos os gêneros recebem, em média, 71% a mais que aqueles que possuem apenas o ensino fundamental. As diferenças salariais entre homens e mulheres formados é de 6%, em média.

Estado Civil – Dentre as funcionárias das empresas analisadas, 48% são casadas, 32% solteiras e 20% divorciadas/viúvas/outro. A diferença salarial entre homens casados e mulheres casadas é de 9%. Entre solteiros, o número sobe para 10%. A diferença salarial entre aqueles que se declararam divorciados/viúvos/outro é de 5%. A taxa mais alta vai para a discrepância de salário entre homens casados e mulheres solteiras, que chega a 25%.

Filhos – 56% das mulheres não têm filhos. A diferença salarial entre homens e mulheres com filhos é de 17%. Entre os sem filhos, cai para 10%.

Faixa etária – A maior discrepância entre salários está entre os mais velhos, com 60 anos ou mais: a média chega a 58%. No outro espectro, a faixa entre 31 e 35 anos é aquela com menor discrepância, de apenas 0,2%.

Tempo de empresa – 3% dos homens e 2% das mulheres que trabalham nas entidades analisadas têm 35 anos ou mais de instituição. Nessa faixa, a diferença salarial média é de 64%.

Plano de carreira – O potencial de crescimento na carreira para homens é 33% superior ao das mulheres. Nos planos de sucessão, o percentual de homens é 41% superior ao sexo feminino.

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https://www.osul.com.br/uma-pesquisa-mostra-o-quadro-da-desigualdade-salarial-entre-homens-e-mulheres-no-brasil/ Uma pesquisa mostra o quadro da desigualdade salarial entre homens e mulheres no Brasil 2018-09-22
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