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Viagem e Turismo Uma proposta para facilitar as viagens de trem pela Europa e tornar o continente mais “verde”

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Para o bloco que quer ser o mais "verde" do planeta, suas rotas ferroviárias internacionais deixam muito a desejar.

Foto: Reprodução/Twitter Worth
Para o bloco que quer ser o mais "verde" do planeta, suas rotas ferroviárias internacionais deixam muito a desejar. (Foto: Reprodução/Twitter Worth)

O homem magricela se curvou para examinar os trilhos de trem enferrujados que atravessavam a praça vazia de uma cidadezinha esquecida, balançando a cabeça ao ver os brotos de erva daninha. “Que decepção”, foi o veredito, talvez influenciado pela estação de tijolinhos desativada, acumulando teias de aranha em Seifhennersdorf, na Alemanha, perto da fronteira com a República Tcheca.

Por profissão, Jon Worth é professor universitário de comunicação política; por paixão, autoproclamou-se inspetor das vias férreas da Europa. E se encarregou de esclarecer um dilema: por que não é mais fácil atravessar as fronteiras europeias de trem?

Ninguém lhe pediu que assumisse a tarefa, mas sua justificativa é clara: para o continente honrar a ambição de alcançar a neutralidade de emissões, precisa tirar as pessoas dos aviões e carros.

Teoricamente, o sistema ferroviário europeu é superior ao de muitas partes do mundo, inclusive ao dos EUA; no entanto, sua rede pode quase ser uma alegoria para a própria União Europeia. Para quem está de fora, parece tão funcional que chega a ser chato; basta ir um pouco mais a fundo, porém, para descobrir um emaranhado de burocracia, troca-troca de acusações e o eterno chute na lata da procrastinação dos problemas.

Para o bloco que quer ser o mais “verde” do planeta, suas rotas ferroviárias internacionais deixam muito a desejar: as pontes que antes cruzavam fronteiras se veem em ruínas desde a Segunda Guerra Mundial; a linha multimilionária entre Paris e Barcelona, que oferece paisagens espetaculares, poderia levar milhares de passageiros por hora, mas em vez disso a rota permanece inativa durante a maior parte do dia. Percorrer uma rota comercial de grande movimento, tipo Paris-Londres, pode custar centenas de dólares a mais do que por avião. Quer ir de trem de Tallinn, na Estônia, a Riga, na Letônia? Boa sorte. As companhias férreas nacionais envolvidas no percurso se recusam a coordenar os horários.

Para piorar, os sites de viagem para reservas internacionais – por exemplo, o equivalente ao Kayak ou Skyscanner, que fazem reservas em voos – por alguma razão não existem ou são difíceis de encontrar. Para entender por que – e chamar atenção para o problema –, Worth começou uma campanha de um homem só em meados deste ano, que ele chamou de Cross Border Rail Project.

Mediante financiamento coletivo, comprou um drone, uma câmera e um dispositivo para medir a qualidade do ar dos trens, e vem atravessando todas as fronteiras da UE para determinar onde o sistema internacional funciona, onde não funciona e o que pode ser feito para remediar a situação, sempre registrando suas conclusões. Em cada parada escreve um postal resumindo suas descobertas para o comissariado da agência ferroviária do bloco e oferecendo recomendações.

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