A Polícia Civil ainda não identificou os integrantes da quadrilha que na manhã desta segunda-feira (7) assaltou uma agência do Banrisul na avenida Assis Brasil nº 6.464, no bairro Sarandi, Zona Norte de Porto Alegre. O ataque foi cometido por cinco homens que haviam invadido um restaurante no prédio ao lado, durante o fim de semana, a fim de perfurar a parede para ter acesso a cofres da instituição financeira.
Assim que os funcionários e o gerente do banco chegaram para o expediente, acabaram surpreendidos pelos criminosos e mantidos reféns, junto com os primeiros cliente, em um banheiro, enquanto o roubo era realizado. Além de uma quantia não informada em dinheiro, o bando levou as armas dos seguranças e fugiu por uma saída alternativa, nos fundos do prédio por volta das 10h30min.
Exceto pelo abalo psicológico, ninguém se feriu. De acordo com a investigação da Polícia Civil, a ação foi bem organizada e discreta, já que ninguém percebeu qualquer movimentação estranha no local no sábado ou no domingo.
Interior gaúcho
Coincidentemente, o arrombamento seguido de assalto foram cometidos no mesmo dia em que a BM (Brigada Militar) ressaltou em seu site os avanços da operação “Angico”, desenvolvida pela corporação para reforçar a prevenção e a repressão aos crimes de roubo e furto a estabelecimentos bancários, no interior do Rio Grande do Sul.
O combate as quadrilhas que utilizam explosivos, reféns em forma de cordão humano e forte armamento, ações denominadas de ‘Novo Cangaço’, tem como eixos três estratégias principais: a intensa fiscalização para evitar desvio, furto e roubo de explosivos, operações tendo como foco principal criminosos envolvidos neste tipo de crime e a soma do efetivo especializado aliado ao trabalho da inteligência policial da Instituição”, ressaltou a BM.
Segundo a Brigada, os indicadores criminais apontam que o número de ocorrências envolvendo esse tipo de crime aumentavam a cada ano no Estado. Em 2017, foram registrados 61 ataques a sistemas bancários com o uso de artefatos explosivos. Naquele mesmo ano, foram contabilizadas 13 ocorrências com o ‘modus operandi’ do “novo cangaço”.
“Após intenso trabalho de fiscalização e prevenção por parte da BM, em 2020 os números das ocorrências com o uso do artefato explosivo caíram para quatro, enquanto as que envolvem o novo cangaço reduziram para apenas uma”, acrescentou a corporação. “Mesmo reconhecendo este resultado como positivo, sabemos que não se pode parar e seguimos somando esforços para garantir a segurança do povo gaúcho.”
(Marcello Campos)