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Variedades Uma Sandra Bullock diferente da usual deixa para trás qualquer vaidade para viver uma presidiária

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Longa conta a história de mulher que busca redenção após ficar 20 anos presa. (Foto: Reprodução)

Logo em uma das primeiras imagens de Imperdoável, filme da Netflix que chegou ao catálogo no último dia 10, somos confrontados com uma Sandra Bullock diferente do usual. Esqueça o que viu da atriz em A Proposta, Miss Simpatia ou até mesmo Gravidade. Aqui, ela deixa para trás qualquer vaidade para viver uma presidiária em liberdade condicional que, após ficar 20 anos atrás das grades, tenta correr atrás do tempo perdido.

Afinal, Ruth Slater entrou no sistema carcerário logo cedo. Era jovem quando tentou defender a casa que morava com a irmã, então uma criança de apenas cinco anos, e atirou em um policial que pretendia fazer a reintegração de posse. Foi presa, julgada, condenada. A irmã, única familiar viva dessa personagem que transmite a aridez de um cinema mais mundano, cresceu. Tem 25 anos, mora com a família adotiva e sequer se lembra de Ruth.

É essa a jornada da personagem interpretada por Sandra Bullock: reencontrar a irmã, fazer as pazes com o passado e ter, enfim, a redenção que quer e que precisa. Para construir essa narrativa, a diretora Nora Fingscheidt recorre a alguns elementos que deram certo em Transtorno Explosivo, longa que fez a cineasta ser reconhecida fora da Alemanha. Assim como Benni, a protagonista desse outro filme, Ruth está justamente em busca de um lar.

Tanto Benni quanto Ruth, assim, precisam de oportunidades. Benni envolvia a questão de ter ou não uma família – no passado da menina, traumas e um comportamento violento. No da personagem de Sandra Bullock, a ficha corrida e a sina de ter matado um policial. Ela não encontra espaço para a redenção. Personagens coadjuvantes, interpretados por Viola Davis, Vincent D’Onofrio e Jon Bernthal mostram diferentes reações que circundam Ruth.

É a pena, o ódio, o desprezo. Bullock, do seu lado, entrega uma atuação que funciona. Há verdade em sua personagem tentando reencontrar a irmã, como em uma luta desesperada e sem um inimigo definido. Uma pena, porém, que o roteiro escrito por Peter Craig, Hillary Seitz e Courtenay Miles esqueça de desenvolver a personagem da irmã, interpretada por Aisling Franciosi. Fica um pouco mais difícil embarcar na necessidade existencial de Ruth.

Além disso, o trabalho de Nora Fingscheidt não tem o mesmo brilho de Transtorno Explosivo: é irregular e o tom de “novelão” do longa-metragem dá a impressão de que a história, talvez, fosse mais bem aproveitada em formato de minissérie. A pressa em algumas situações e o desperdício de grandes atores em cena, como a aparição de apenas alguns poucos minutos de Viola Davis, que brilha quando aparece, reforçam o sentimento.

Mas Imperdoável, ainda assim, tem seu diferencial. Bullock, que estava fora das telonas desde 2018, quando atuou em Bird Box e Oito Mulheres e um Segredo, volta a mostrar sua capacidade como atriz para além dos estereótipos que a moldaram nas comédias românticas. Pode ser que não tenha força para a temporada de premiações, mas é um bom filme para quem quer mergulhar em uma história emocionante sobre vida e superação.

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