Segunda-feira, 28 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 16 de janeiro de 2016
A faculdade de administração da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, vai oferecer um programa de liderança para ajudar profissionais homossexuais a chegar à cúpula executiva de empresas. A Faculdade de Pós-Graduação em Administração realizará o primeiro Programa de Liderança Executiva LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros) da Stanford no fim de julho. Com uma semana de duração, o curso pioneiro deve atender pessoas que já ocupam cargos de gerência de nível médio.
Tim Cook, diretor-presidente da Apple, assumiu publicamente sua sexualidade. (Foto: Reprodução)
Os participantes receberão avaliações de liderança pessoal, treinamento de administração executiva e de “design thinking” (estratégias para abordagem de problemas), segundo os diretores do programa, os professores Sarah Soule e Thomas Wurster. O curso também discute tópicos como liderança autêntica e a abordagem da sexualidade no trabalho, temas espinhosos para gerentes gays.
Soule e Wurster inicialmente buscaram formas de a faculdade ajudar a desenvolver líderes LGBT de empresas. Eles entrevistaram executivos e gerentes de recursos humanos, que disseram ter grande interesse de treinamento executivo dirigido para gerentes gays, diz Wurster, um ex-sócio sênior da firma de consultoria em administração Boston Consulting Group, onde foi um dos fundadores da rede LGBT da organização.
Os candidatos a uma das cerca de 50 vagas podem se inscrever individualmente ou ser indicados por suas empresas. O custo será em torno de 12 mil dólares e o candidato ideal, segundo a Stanford, teria cerca de 10 anos de experiência profissional e cinco em administração.
“Estamos em um ponto de inflexão. As empresas estão se movendo rapidamente para construir diversidade em suas equipes de liderança, mas temos visto relativamente poucos executivos na cúpula que são LGBT e assumidos”, diz Wurster.
Os empregadores estão mais dispostos a aceitar os empregados LGBT ultimamente, com grupos de apoio a funcionário e políticas de benefícios. Ainda assim, estima-se que o diretor-presidente da Apple, Tim Cook, que assumiu publicamente sua sexualidade anos depois de ter sido nomeado para o cargo, seja o único diretor-presidente abertamente gay na lista Fortune 500 das maiores empresas americanas.
Joel Simkhai, diretor-presidente da Grindr LLC, um aplicativo de namoro gay, atribui parte de seu sucesso à rede de profissionais LGBT da qual faz parte, e diz que a rede de relacionamentos e o treinamento no programa da Stanford podem beneficiar outros líderes empresariais.