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Mundo Universidades americanas alertam alunos estrangeiros para que estejam nos Estados Unidos antes da posse de Trump

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Preocupação é motivada por viagens desses estudantes aos países de origem para o fim de ano. (Foto: EBC)

Instituições norte-americanas de ensino superior estão emitindo uma série de alertas a seus alunos estrangeiros para que estejam nos Estados Unidos antes da posse do presidente eleito Donald Trump, marcada para 20 de janeiro. Como muitos devem viajar a suas nações de origem para as festas de fim de ano, a preocupação é relativa ao retorno desses estudantes diante das ameaças do republicano em dificultar o acesso ao país.

Algumas das universidades mais prestigiadas dos EUA, como a Universidade Cornell, a Universidade de Princeton e a Universidade da Pensilvânia, emitiram orientações neste sentido para alunos e funcionários estrangeiros nas últimas semanas. As instituições falam sobre possíveis mudanças nas regulamentações de imigração e status de visto, bem como possíveis proibições de viagens.

“O cenário da imigração provavelmente mudará sob a nova administração presidencial”, escreveu a Cornell em um aviso publicado no final de novembro.

Outras, como a University of Southern California e a Wesleyan University de Connecticut, também encorajaram estudantes internacionais e membros do corpo docente a retornar do exterior antes que Trump assuma o cargo,
e emitiram seus próprios conselhos sobre a preparação para a transição.

Várias universidades, incluindo o MIT, também organizaram sessões de informação com advogados de imigração para estudantes internacionais. As universidades observaram em seus avisos que, durante a primeira presidência de
Trump, ele assinou uma ordem executiva já na primeira semana de governo que proibia cidadãos de várias nações, especialmente muçulmanas, além de Coreia do Norte e Venezuela, de entrar nos EUA.

A ordem de 2017, que foi rapidamente anulada pelos tribunais, também impedia que estudantes e acadêmicos retornassem aos estudos nos EUA. Uma proibição de viagens semelhante “provavelmente entrará em vigor logo após a posse” desta vez, alertou a Cornell, acrescentando que a lista de países pode ser expandida para incluir Índia e China.

Até agora, Trump não deu detalhes sobre uma mudança de política que impactaria estudantes internacionais com vistos. No entanto, sua postura anti-imigração causa desconforto. O presidente eleito prometeu endurecer as regras de imigração, confirmando no mês passado sua intenção de realizar deportações em massa de imigrantes que estão no país ilegalmente, começando já em seu primeiro dia no cargo e usando para isso o Exército.

Mais de 1,1 milhão de estudantes internacionais estiveram nos EUA durante o último ano acadêmico, de acordo com uma pesquisa recente com quase 3 mil faculdades. Os estudantes indianos superaram os estudantes chineses pela primeira vez em 15 anos.

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