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Desabamento de prédios deixa cinco mortos e 13 desaparecidos no Rio de Janeiro

(Fotos: Fernando Frazão/Agência Brasil)

Por Juliano Castello e Sarah Hoffmeister*

Dois edifícios de cerca de quatro andares desabaram na manhã desta sexta-feira (12), na comunidade de Muzema do bairro Itanhangá, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. O Corpo de Bombeiros foi alertado sobre a ocorrência às 6h48 e enfrentou dificuldades para acessar o local, por causa de vias que ficaram interrompidas depois das chuvas que atingiram o estado nos últimos dias. Segundo última atualização oficial, cinco pessoas morreram na tragédia e outras 13 estão desaparecidas. Durante a noite desta sexta, o resgate trabalha para retirar dos destroços, uma criança que foi localizada com vida.

Moradores temem que novos deslizamentos venham a ocorrer e que prédios vizinhos também caiam. A Prefeitura do Rio de Janeiro informou que as construções são ilegais. Após o desastre, a Secretaria Municipal de Infraestrutura e Habitação do Rio de Janeiro, anunciou que pelo menos três edifícios serão demolidos na comunidade, assim como outros imóveis que passarão por vistoria.

Sobreviventes

Entre os sobreviventes, está uma mulher de 34 anos, identificada como Carolina. Segundo o irmão da vítima, o marido e a filha da mulher ainda estão sob os escombros. Também foram resgatadas nesta manhã, uma criança de 10 anos, identificada como Clara Rodrigues, e os pais da menina, Adilma Rodrigues, de 35 anos, e Cláudio Rodrigues, de 40. A mãe passou por uma cirurgia e está estado grave. A família foi levada para o Hospital Lourenço Jorge, na Barra da Tijuca. Equipes prestam atendimento médico e psicológico aos familiares que buscam informações sobre os desaparecidos no desabamento.

Prefeito

O prefeito da cidade, Marcelo Crivella, foi até a comunidade para acompanhar os trabalhos de resgate. Ele classificou o ocorrido como “um drama tremendo” e reforçou a irregularidade dos edifícios. “Essas edificações estão num loteamento irregular. A prefeitura já tinha notificado, comunicou ao Ministério Público, tentou interditar, lançou diversas multas e infrações, mas infelizmente as obras continuaram”, disse o político. Crivella ainda destacou que a população deve aprender com a tragédia. “Fica uma lição: quando a prefeitura notificar, der os autos de interdição, não continuem as obras porque há risco de vida”, declarou o prefeito do Rio.

Pelo Twitter, a prefeitura afirmou que está movimentando esforços para realizar o atendimento às vítimas:

 

O local é conhecido por ser comandado pela milícia, questão que foi comentada pelo vice-presidente da República, general Hamilton Mourão, conforme noticiamos aqui.

 

*Estagiária sob supervisão de Marjana Vargas
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