A Justiça Eleitoral do Brasil determinou a impugnação de uma das 58 urnas instaladas em Lisboa, em Portugal, após uma tentativa de fraude nas eleições deste domingo (02). O caso foi confirmado pelo consulado brasileiro.
Um homem votou duas vezes. Ele foi retirado da sala de votação e levado à adidância da Polícia Federal. Um boletim de ocorrência foi aberto, e o homem responderá no Brasil a um processo por crime eleitoral. O eleitor não foi preso.
Segundo o fiscal de um partido, o homem havia votado na urna de papel em sua seção, a de número 541, porque a urna eletrônica havia sido substituída no início da votação devido a problemas de funcionamento. Ao lado da urna para voto impresso, havia outra, eletrônica, de outra seção, a 540. Quando ela estava pronta para o próximo eleitor votar, o homem teria corrido e votado também na urna eletrônica, no lugar de outro eleitor. À PF, ele disse ter se confundido.
Por causa desse episódio, considerado inédito em Portugal, os 59 votos já depositados na urna eletrônica foram invalidados. A votação continuou com voto em papel.
“A atitude configura, em tese, infração ao Art. 309 do Código Eleitoral, que tipifica a conduta de ‘votar ou tentar votar mais de uma vez no lugar de outrem’, cuja pena pode chegar a três anos de reclusão. A presidência da mesa eleitoral local, em virtude do ocorrido, determinou que a urna fosse inviabilizada, e a votação continuou normalmente, por meio de cédulas impressas”, informou a Polícia Federal.